Reformas na indústria elétrica brasileira: A disputa pelas \'fontes\' e o controle dos excedentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Gonçalves Junior, Dorival
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/86/86131/tde-21052008-104515/
Resumo: A indústria de infra-estrutura brasileira que produz, transporta e distribui a eletricidade, como parte integrante da cadeia da indústria elétrica, tem sido submetida, historicamente, a um movimento de permanente mudança em sua estrutura organizacional de produção. Estas, comumente, têm acontecido no interior de discussões realizadas nos meios empresariais, políticos - inclusive com a participação das burocracias de estado - e acadêmicos. De um modo geral, a classe trabalhadora sempre esteve ausente e nunca foi convidada a participar dos debates de como organizar a indústria de eletricidade. Aparentemente, as idéias vencedoras em cada época, acabam determinando a estrutura organizacional para aquele período histórico. Sinteticamente é comum caracterizar a evolução desta indústria em três grandes movimentos históricos. Primeiro, no princípio, quando é organizada a partir de investidores privados. Segundo, o período de grande expansão, quando a indústria de eletricidade é desenvolvida pelo Estado. Terceiro, o atual movimento de mudança, vem sendo reorganizada no sentido de retorná-la na totalidade ao controle privado. Em geral, estes movimentos de mudanças da indústria de eletricidade têm sido explicados, como resultado de tendências externas ideais, manifestadas por novas concepções organizacionais que visam o aperfeiçoamento da indústria de eletricidade, enquanto um bem para toda a sociedade. Dentro deste contexto, este estudo - \"REFORMAS NA INDÚSTRIA ELÉTRICA BRASILEIRA: A DISPUTA PELAS \'FONTES\' E O CONTROLE DO TRABALHO EXCEDENTE\" - tem a pretensão de compreender o passado e o presente das mudanças na indústria de eletricidade brasileira segundo a perspectiva da Economia Política em Marx. Os aspectos ligados à natureza, as técnicas e as tecnologias relacionadas à indústria de eletricidade são abordados enquanto manifestações da forma social da produção capitalista. A análise das relações e das contradições surgidas na produção/circulação - em geral, manifestas em crises que se propagam para a quase totalidade da produção - e no movimento de mudanças da indústria elétrica permite identificar, quais as principais forças econômicas atuantes e suas respectivas estratégias nos cenários de luta/controle pelo trabalho excedente.