Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Jeovah José Mendonça |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-04092024-095237/
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Resumo: |
A política de saúde mental vigente preconiza que a assistência a pessoas com transtornos mentais graves e de longa duração ocorra por meio da rede de atenção psicossocial em serviços comunitários de saúde mental, ficando a internação, como medida excepcional a ser adotada apenas quando os demais recursos estiverem esgotados e por tempo limitado. No entanto, observa-se que algumas pessoas com transtornos mentais, vivem uma situação de alternância entre internação frequente e viver na comunidade. A internação frequente é um desafio para o sistema de saúde, para o paciente e sua família. O objetivo do estudo foi compreender como as famílias de portadores de transtornos mentais percebem as internações frequentes de seu familiar com transtorno mental. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa que se apoia no interacionismo simbólico como referencial teórico metodológico. Participaram do estudo 18 familiares de 18 pessoas com histórico de mais de duas internações no período de janeiro a dezembro de 2019 em um hospital psiquiátrico no interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual com o familiar. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da EERP. Os dados das entrevistas foram organizados em categorias utilizando-se o software Iramuteq. Esta ferramenta realiza a extração da frequência de palavras calculando sua regularidade e classificando as palavras em contextos distintos ou classes distintas, que estão articuladas. A organização dos dados deste estudo resultou em seis classes de palavras que descrevem a convivência da família com o transtorno mental e as frequentes internações do adoecido em dois momentos distintos. Um momento em que o familiar tem alta hospitalar e permanece em casa com dificuldade, mas se recusa frequentar o sistema de saúde mental e outro momento em que a não adesão leva a uma nova crise. A percepção é que o adoecido precisa internar porque não segue o tratamento farmacológico e psicossocial, usa drogas ou \"gosta de ficar na rua\". Esta convivência é marcada pela sobrecarga de cuidados com o familiar adoecido. A contribuição deste estudo foi descrever dois contextos dessas famílias que são marcados por serem ambientes que apresentam sobrecarga de cuidado familiar e o ambiente familiar crítico e violento. |