Caracterização imunoistoquímica da infiltração de células imunes na histiocitose de células de Langerhans em pacientes pediátricos e adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paredes, Silvia Elena Yacarini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-29032019-114611/
Resumo: A histiocitose de células de Langerhans (HCL) é uma neoplasia mieloide inflamatória comumente afetando pacientes pediátricos e apresenta frequentemente mutações ativadoras somáticas em genes da via MAPK, incluindo BRAF e MAP2K1. Vários estudos sugerem que as células lesionais da HCL podem recrutar e modular células inflamatórias e cujas citocinas parecem fornecer sinais recíprocos de sobrevivência celular. Para o presente estudo foram selecionados 15 casos de HCL (10 crianças, 5 adultos), sendo as amostras de tecido avaliadas através de imunoistoquímica utilizando marcadores para macrófagos (CD68 e CD163), células dendríticas maduras (CDm) (CD83 e CD208), linfócitos T regulatórios (LTregs) (CD4, CD25 e FOXP3) e linfócitos citotóxicos (LCs) (CD56, CD57, perforina e granzima B). Além disso, marcadores de células B (CD20), células T (CD3, CD8) e confirmatórios de HCL foram analisados. Todos os casos de HCL foram positivos para S100, CD1a, CD207 e CD4; enquanto que Bcl-2 e Ciclina D1 foram positivos em 13/15 (86,7%) casos. No microambiente imune intralesional, macrófagos M2 (CD68+/CD163+), seguidos por LTregs, foram as populações celulares mais predominantes. Em quantidade significativamente menor, foram observadas CDm, seguidas por escassos LCs. Considerando a população linfoide, linfócitos T CD3+ foram mais numerosos do que linfócitos B CD20+. Dentro dos linfócitos T, linfócitos T CD4+ foram mais numerosos do que linfócitos T CD8+ (p<0,05). Nossos resultados sugerem que a infiltração de células imunes na HCL, provavelmente através de mecanismos pró-tumorais, inflamatórios e/ou imunossupressores mediados por citocinas, pode promover o desenvolvimento e sobrevivência das células lesionais da HCL, fornecendo uma justificativa para a combinação de imunoterapia e terapia gênica (BRAF) na HCL