Proteína de transferência de colesterol esterificado (CETP) altera a polarização de macrófagos M1 e M2 agravando o enfisema pulmonar experimental induzido por elastase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santana, Kelly Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-08092021-165205/
Resumo: A proteína de transferência de colesterol esterificado (CETP) tem sido discutida como pró ou antiaterogênica, como também seu papel na resposta inflamatória, à endotoxemia e à sepse experimental, e em humanos na sobrevivência à sepse. Alterações funcionais no metabolismo das lipoproteínas (LP) e nas populações de células imunes, incluindo os macrófagos, ocorrem na sepse e podem também se relacionar a comorbidades como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Os macrófagos são células inflamatórias importantes no desenvolvimento e formação do enfisema pulmonar; dependendo do microambiente podem apresentar fenótipo M1 ou M2. Foi relatado que a CETP do plasma é predominantemente derivada das células de Kupffer, e que macrófagos de peritônio e os derivados de medula óssea expressam CETP contribuindo para sua concentração no plasma. Avaliamos aqui o papel da CETP na polarização dos macrófagos e no enfisema pulmonar induzido por elastase (ELA) em camundongos machos transgênicos para CETP e controles irmãos selvagens (WT). Nossos resultados mostram que macrófagos derivados da medula óssea de camundongos CETP apresentam perfil fenotípico de polarização reduzido para M1 e aumento para M2 (avaliação da CETP exógena), com aumento de IL-10. Comparados aos controles, a função pulmonar piora em camundongos CETP expostos a elastase com aumento do intercepto linear médio pulmonar, o que reflete no alargamento dos espaços aéreos resultante da destruição do parênquima apresentando maior expressão de arginase-1 e de IL-10, ambos marcadores de M2. O perfil de citocinas revelou aumento de IL-6 no plasma e de IL-10 no lavado broncoalveolar (LBA), corroborando a imuno-histoquímica pulmonar no grupo CETP ELA comparado ao WT ELA. O tratamento com elastase induziu no grupo CETP aumento de VLDL-C e redução de HDL-C, com aumento de TG em HDL. Nossos resultados in vivo mostram que instilação de elastase na presença de CETP promove no pulmão fenótipo favorável a M2 com efeito deletério na DPOC experimental e corroboram com o resultado in vitro onde a CETP promoveu fenótipo de polarização de macrófagos M2. Levantamos então a possibilidade de que a CETP possa atuar como proteína pró ou anti-inflamatória dependendo do tipo de tecido, órgão ou patologia