Percepção de restrições de participação na perda auditiva: comparação entre idosos institucionalizados e não institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Jorge, Tatiane Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-26042018-145235/
Resumo: Introdução: A compreensão do impacto da deficiência auditiva na população idosa é muito importante para o estabelecimento de ações preventivas e/ou reabilitadoras e, desse modo, tem sido alvo de muitas pesquisas. No entanto, não existe na literatura estudo que compare o impacto da deficiência auditiva em idosos institucionalizados e não institucionalizados com mesmo tipo e grau de perda auditiva bilateral. Objetivos: 1) caracterizar os idosos institucionalizados quanto às características sociodemográficas; 2) estimar a prevalência de deficiência auditiva referida em idosos institucionalizados, assim como fatores associados e causas atribuídas; 3) verificar se a percepção de restrição de participação difere entre idosos institucionalizados e não institucionalizados com mesmo tipo e grau de perda auditiva bilateral. 4) verificar se a percepção dos prejuízos decorrentes da perda auditiva difere quanto às variáveis sociodemográficas e condições de saúde (número de doenças referidas e sintomatologia depressiva). Metodologia: O estudo envolveu duas etapas. Na primeira, foram incluídos 110 idosos de seis instituições de longa permanência para idosos, filantrópicas, de Ribeirão Preto, com condições mentais e cognitivas favoráveis para compreender os objetivos do estudo e participar da entrevista. A entrevista constou de um roteiro com perguntas estruturadas para a obtenção de dados pessoais e sobre a audição. Para a investigação da deficiência auditiva referida, foram feitos os seguintes questionamentos: \"O(a) senhor(a) tem dificuldade para ouvir?\"; \"Precisa aumentar o volume da TV ou rádio para entender a notícia/ música?\"; \"Tem dificuldade para entender a conversa das pessoas?\". O idoso foi considerado com deficiência auditiva referida quando respondia afirmativamente para alguma dessas perguntas. A segunda parte envolveu a aplicação do Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE) em 38 idosos com mesmo tipo de perda auditiva que foi sensorioneural moderada bilateral, sendo 10 institucionalizados e 28 não institucionalizados. Para a análise estática dos dados, foram aplicados diferentes testes, como t de Student, Mann-Whitney, teste de postos sinalizados de Wilcoxon, Qui-Quadrado e Exato de Fisher. Resultados e Conclusões: 1) Os idosos institucionalizados eram predominantemente mulheres, de cor branca, com idades entre 70 e 89 anos, não longevos, solteiros, alfabetizados, com um até quatro anos de estudo, com tempo médio de institucionalização de 55,8 meses. 2) A prevalência de deficiência auditiva referida foi de 30% e associou-se significantemente com idade (p=0,0109), faixa etária (p=0,0182) e longevidade (p=0,0056). Envelhecimento foi a causa mais atribuída à deficiência auditiva referida. 3) Para ambos os grupos de idosos, prevaleceu a percepção severa da restrição de participação auditiva, sem diferença significativa entre os grupos (p=0,9813). 4) A percepção de restrição de participação nesses idosos apresentou associação com a sintomatologia depressiva (p=0,0272).