O papel certificador dos fundos de private equity e venture capital na qualidade das empresas estreantes na BM&FBovespa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Testa, Carlos Henrique Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-28082013-132623/
Resumo: O presente trabalho buscou investigar, sob a perspectiva da Teoria da Sinalização, o papel certificador dos fundos de Private Equity e Venture Capital (PE/VC) sobre a qualidade das empresas estreantes na BM&FBovespa (IPOs). Para isso, propôs-se um estudo de evento visando constatar a existência de retornos anormais acumulados (proxy para qualidade dos IPOs) em carteiras de investimentos compostas por ações provenientes dos IPOs realizados na BM&FBovespa, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2007. As hipóteses do trabalho foram verificadas por meio de três procedimentos distintos: teste de médias, método CAPM e regressões CAR. Os resultados dos testes de médias indicaram que os IPOs de empresas investidas por fundos de PE/VC apresentaram desempenhos de curto, médio e longo prazo (até 5 anos) superiores e estatisticamente significantes em relação às empresas não investidas. Além disso, os resultados demonstraram que quanto maior a participação dos fundos de PE/VC na empresa investida, melhor o desempenho de longo prazo. Os resultados do método CAPM indicaram que os retornos observados dos IPOs foram inferiores aos retornos esperados, dado o nível de risco assumido. As regressões CAR verificaram se a presença de fundos de PE/VC explica retornos anormais positivos dos IPOs, após controle de outros fatores. As evidências encontradas sugerem que a presença de fundos de PE/VC nas empresas estreantes na BM&FBovespa possui efeito positivo sobre os retornos anormais acumulados dos IPOs e, quanto maior a participação acionária detida pelo fundo de PE/VC na empresa, no momento imediatamente anterior ao IPO, maiores os retornos anormais acumulados de longo prazo. Em geral, os retornos das amostras analisadas foram inferiores ao desempenho do índice Ibovespa, podendo ser um reflexo da crise financeira mundial, com maior impacto sobre empresas com histórico recente na bolsa (IPOs), em relação às empresas tradicionais (blue chips) que integram o Ibovespa.