Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Andreia de Oliveira Pinheiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-10122019-113417/
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Resumo: |
Introdução: Portadores de marcapasso (MP) implantável costumam apresentar alterações de comportamento psicossocial relacionado à percepção do dispositivo e à prática de atividades cotidianas. Medo do desconhecido, insegurança e dúvidas associadas à doença cardíaca e ao MP implantável são comuns. Esses sentimentos negativos, em geral, são ocultados pelos pacientes por temerem o mau julgamento dos profissionais de saúde e isto caracteriza a zona muda das representações sociais (RS´s). Intervenção educativa baseada nas percepções do indivíduo ou grupo, seguindo o modelo proposto por Paulo Freire, pode ser o caminho para a melhora do comportamento psicossocial nessa população. Objetivos do estudo: a) caracterizar o comportamento psicossocial de portadores de MP implantável e b) definir o papel da intervenção educativa Freiriana, considerando associações entre os diversos instrumentos de avaliação do comportamento psicossocial. Métodos: estudo intervencional, randomizado, controlado e unicêntrico realizado em hospital terciário. Foram incluídos portadores de MP implantável com idade acima de 18 anos, qualquer cardiopatia e tempo de implante superior a seis meses. Foi definido como avaliação do comportamento psicossocial global (CPG) a associação das ferramentas: painel de avaliação comportamento cotidiano (PAC²), RS\'s - zona muda - e avaliação da qualidade de vida (QdV) pelo SF-36. Após recrutamento, foram coletados dados clinico-epidemiológicos e todos os pacientes foram submetidos à avaliação inicial do CPG. Em seguida, os pacientes foram randomizados em grupo intervenção (GI) e controle e (GC). Os pacientes do GI foram submetidos a três sessões de intervenção educativa Freiriana: presencial (1º mês) e telefônica (6º e 12º mês). O GC foi acompanhado pela rotina ambulatorial. Por fim, todos os pacientes foram submetidos à reavaliação do CPG e os achados das avaliações foram comparados estatisticamente. Resultados: Foram avaliados 79 portadores de MP implantável com idade média de 59 anos, 61% do sexo feminino; predominantemente sem cardiopatia estrutural (44,3%). Constatou-se presença de zona muda das RS`s, com predomínio de percepções negativas associadas ao medo da morte, limitações e sentimento de invalidez e com impacto desfavorável na QdV assim como nas atividades cotidianas. Após a intervenção educativa, ocorreu redução significativa das limitações de atividades cotidianas (PAC2) e melhora da QdV, porém sem mudança na percepção negativa sobre o uso do dispositivo, no GI. No GC ocorreu piora do CPG, ao final do estudo. Conclusões: O COMFORTMP, realizado em hospital de atenção terciária em cardiologia, revelou que: a) o comportamento psicossocial de portadores de MP implantável se caracteriza por pensamentos ocultos negativos (zona muda) e limitação de atividades cotidianas relacionadas ao dispositivo, assim como QdV comprometida; b) intervenção educativa Freiriana reduz restrições às atividades cotidianas e melhora a QdV, mas não modifica a percepção negativa relativa ao dispositivo |