Embolização transarterial com n-butil cianoacrilato para o tratamento de hemorragias da parede abdominal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Albuquerque, Tales Vieira Cavalcanti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17158/tde-18082020-215229/
Resumo: Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança do uso de n-butil cianoacrilato (NBCA) na embolização transarterial (ETA) de sangramentos de parede abdominal. Materiais e métodos: Realizado estudo retrospectivo e unicêntrico entre janeiro de 2008 e dezembro de 2017 no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP). Onze pacientes com sangramento de parede abdominal foram submetidos a angiografia com subtração digital (ASD) e ETA com uso de NBCA. Foram avaliados sexo, idade, fatores de risco hemorrágico, etiologia, vaso embolizado, sucesso técnico (oclusão do sangramento sem re-sangramento) e clínico (estabilização dos níveis de hemoglobina e estabilidade hemodinâmica após o procedimento), complicações inerentes ao procedimento e desfecho clínico. Resultados: A média geral da idade foi de 63,4 anos (52 - 83), com predominância do sexo feminino (63,6%). A maioria (90,9%) dos pacientes apresentavam fatores de risco hemorrágicos (hepatopatia crônica e uso de anticoagulantes). Hemorragia espontânea esteve presente em 18,2% dos pacientes e os outros 81,8% tiveram etiologia iatrogênica. Sucesso técnico foi atingido em 100% dos pacientes, dos quais foi necessário a embolização da artéria epigástrica inferior (AEI) em 10 pacientes (90,9%), artéria ilíaca circunflexa (AIC) em 2 (18,2%) e da artéria epigástrica superior (AES) em 1 (9,1%). Cinco pacientes apresentavam-se hemodinamicamente instáveis no procedimento e, apesar do sucesso técnico, 4 (36.3%) evoluíram para óbito em menos de 30 dias devido a descompensação das comorbidades clínicas causada pela fase aguda. Não houve complicações inerentes aos procedimentos. Conclusão: O presente estudo conclui que ETA com NBCA é um tratamento seguro e efetivo para hemorragia da parede abdominal no cenário de urgência, com altas taxas de sucesso técnico e clínico.