Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mantovani, Ricardo Vinícius Ibañez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-11122019-161530/
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Resumo: |
Apesar de Blaise Pascal não ter se preocupado em elaborar uma filosofia política, suas obras estão repletas de considerações que, quando reunidas, formam um valoroso instrumental teórico a partir do qual se podem compreender os mais diversos aspectos da vida em sociedade. Assim, no intuito de clarificar as teses pascalianas que versam sobre esse tema, nos dedicamos, primeiramente, a expor alguns pontos do pensamento de Hugo Grotius e Thomas Hobbes que, por serem dois dos maiores filósofos políticos da época de nosso autor, tecem o pano de fundo sobre o qual as ideias pascalianas são desenvolvidas - e do qual geralmente destoam. Num segundo momento, analisamos a posição pascaliana concernente ao surgimento dos Estados, indicando que se sua origem se deve à violência, sua durabilidade depende da imaginação dos homens - e não de sua razão, que, como veremos, tem sua capacidade de conhecer a Verdade posta em xeque pelo filósofo. Terminamos a segunda parte de nosso trabalho evidenciando, no entanto, que o desconhecimento da Justiça não exime os governantes de exercer seu poder dentro de certos limites que não podem ser impunemente ultrapassados. Por fim, aproximandoo das teses elaboradas por Agostinho em A cidade de Deus (e marcando, de uma vez por todas, sua distância com relação a autores que, como Cícero, defendem que os indivíduos buscam a companhia de seus semelhantes por prazer), sustentamos que Pascal vê no amor - ou, mais especificamente, no amor-próprio - o verdadeiro fundamento da vida social. |