Limites epistemológicos da apologética de Blaise Pascal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mantovani, Ricardo Vinícius Ibañez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-29062015-150110/
Resumo: Os fragmentos que compõem a obra que, hoje, conhecemos como Pensées, são notas preparatórias de uma apologia da religião cristã que Blaise Pascal pretendia escrever. Ao nos debruçarmos sobre as anotações do filósofo francês, chama-nos a atenção o fato de o autor, em nenhum momento, propor qualquer demonstração metafísica da existência de Deus ou mesmo pretender provar, de modo inquestionável, algum dos dogmas católicos. A total ausência de demonstrações que se pretendam perfeitamente probantes explica-se, a nosso ver, pelo fato de Blaise Pascal ser um filósofo cético, ou seja, pelo fato de Pascal não crer que a razão humana é um instrumento capaz de apreender a Verdade. Assim, trata-se, aqui, de, primeiramente, estipular a plausibilidade da hipótese de leitura segundo a qual Pascal pode, com justiça, ser considerado um pensador cético. Isto feito, tratar-se-á de analisar os motivos que levaram nosso filósofo a não se utilizar de nenhuma das tradicionais provas da existência de Deus e a não considerar como plenamente probantes os raciocínios por ele elaborados em prol da religião cristã fatos que caracterizamos como limites epistemológicos da apologética de Blaise Pascal.