Ensaios em macroeconomia e crescimento econômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Morales, Antonio Bruno de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-10032014-163204/
Resumo: O primeiro artigo analisa quantitativamente a importância relativa dos fatores que determinam o desempenho econômico dos países. Em especial, é incorporada à análise a possibilidade do capital ser heterogêneo. Estimativas da qualidade do capital são feitas para cada país, resultantes de um modelo teórico, e a importância de cada um dos componentes é analisada. Mesmo depois do ajuste, a qualidade do capital físico não explica grande parte da experiência de crescimento dos países. Além disso, é feita uma análise para o caso brasileiro com o arcabouço desenvolvido durante o período que vai de 1970 até 2003. Conclui-se nesta análise que a heterogeneidade do capital não explica grande parte da experiência de crescimento do Brasil. O segundo artigo apresenta um modelo que relaciona crescimento econômico, educação, investimento e regimes políticos. Para isto, propõe-se um modelo de gerações sobrepostas em que existem dois grupos de agentes: os capitalistas e os trabalhadores. Além disso, uma democracia é definida como um governo em que todos votam e, pelo fato do eleitor mediano ser também um trabalhador, os trabalhadores podem então taxar o investimento e redistribuir na forma de capital humano. O principal resultado é que a democracia desestimula o investimento de capital físico e estimula o aumento de capital humano. O terceiro artigo busca explicar o aumento do consumo após a redução da inflação causada por um controle de preços. O foco é direcionado para o consumo de bens duráveis e a dificuldade dos domicílios de se protegerem dos efeitos da inflação. Uma redução súbita na inflação reduz o preço efetivo dos bens duráveis, levando a uma expansão destes. Todos os modelos são calibrados para a experiência brasileira do Cruzado, em meados da década de 80, e dois arcabouços básicos são apresentados: um em que os domicílios não possuem acesso ao mercado de crédito e outro em que possuem acesso parcial. Além disso, é apresentada a possibilidade de reduções permanentes e temporárias da taxa de inflação. As principais conclusões do artigo são que o modelo em que os domicílios não possuem acesso a crédito e são heterogêneos nas preferências é o que mais se aproxima com os dados apresentados da experiência do plano Cruzado.