Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cutrim, Susanne Carolinne Penha Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-23062021-112125/
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Resumo: |
Alergia ao leite de vaca é a alergia alimentar mais comum entre os lactentes e crianças jovens, acometendo cerca de 2,5% das crianças com menos de 3 anos de idade. Isso ocorre porque as proteínas do leite de vaca são as primeiras consumidas em grande quantidade por uma criança. A terapia de indução de tolerância oral (ITO) tem sido utilizada como um tratamento de escolha para muitos pacientes com APLV. A taxa de sucesso varia de paciente para paciente, a média é de 70% a 80%, podendo ou não estar associado à taxa de anticorpos IgE específicos desses pacientes. Sabe-se que as células Treg aumentam após a imunoterapia, entretanto existem poucos trabalhos utilizando células em cultura com estímulos específicos. Pouco se sabe sobre o papel de outras células como as NK na alergia ou durante a imunoterapia. Um aumento de células NK em crianças que desenvolveram alergia alimentar pós transplante é relatado na literatura. Sendo assim, partindo da hipótese de que o aumento de células NK estaria relacionado com o desenvolvimento de alergia alimentar investigamos se haveria um decréscimo das células NK circulantes após a imunoterapia. Para isso, avaliou-se o perfil imunológico de pacientes alérgicos a proteína do leite de vaca pré e pós-tratamento de dessensibilização comparados com um grupo de crianças que foram alérgicas e se tornaram tolerantes espontaneamente e outro de crianças sensibilizadas às proteínas do leite, sem sintomas clínicos. Os perfis imunológicos dos três grupos de pacientes envolvidos foram comparados considerando: perfil de citocinas circulantes usando Luminex; populações de células T reguladoras (Treg) e células Natural Killer (NK) por citometria de fluxo além da expressão de miRNAs circulantes por RT-PCR. Células mononucleares periféricas foram testadas em diferentes tempos de cultura com alérgenos específicos do leite em diferentes concentrações para avaliação de Treg. Entretanto, na tentativa de padronização da cultura, foi verificado que as amostras eram insuficientes para essa abordagem. Já para as células NK, apesar de termos observado que nos seis meses que se sucedem ao fim da imunoterapia há um pequeno aumento do número de células circulantes este volta a cair após 12 meses de tratamento, não havendo diferença estatística em relação ao número de células antes da imunoterapia. Foi verificado que essas células tinham perfil citotóxico, de subtipo NK1 e produção de IFN-g, predominantemente. A avaliação do perfil de citocinas no plasma destes pacientes nos diferentes tempos mostrou aumento na produção de IL-10, IL-12P70 e IL-1beta após 12 meses de tratamento, mas não em relação ao grupo tolerante e aumento da produção de IL-21 ao longo do tratamento e quando comparado o grupo antes do tratamento com o grupo tolerante. A análise do perfil de microRNAs circulantes mostrou diferenças de expressão entre os diferentes tempos sendo: pré-tratamento vs tolerantes espontâneos, 12 miRNAs up-regulated e 1 down-regulated; tolerantes espontâneos vs pós 6 meses de tratamento,12 miRNAs up-regulated; tolerantes espontâneos vs pós 6 meses de tratamento, 12 miRNAs up-regulated; tolerantes espontâneos vs pós 12 meses de tratamento, 4 miRNAs up-regulated. O miRNA 520a envolvido nas vias de sinalização de IL9 e IL4 mostrou-se promissor entretanto a avaliação individual de sua expressão em um número maior de amostras não confirmou a expressão aumentada pós tratamento. A investigação de marcadores imunológicos durante a ITO pode auxiliar na condução da dessensibilização dos pacientes de diferentes graus de alergias. O monitoramento de células como as NKs, a cinética de citocinas pró e antiinflamatórias após o tratamento, além de marcadores genéticos como o miRNA podem contribuir para um melhor prognóstico do paciente |