Efeitos da atividade física intensa e moderada sobre a enfisema pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barnabé, Viviani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-03112010-162514/
Resumo: INTRODUÇÃO: Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica a reabilitação pulmonar tem demonstrado ser efetiva sobre diversos aspectos, incluindo a melhora física e emocional nas atividades diárias com conseqüente melhora da qualidade de vida e diminuição da dispnéia. Embora os resultados benéficos da atividade física estejam bem documentados, não se sabe, ao certo, os efeitos do exercício físico sobre a lesão pulmonar em pacientes enfisematosos. OBJETIVO: Verificar o efeito pulmonar de dois protocolos de atividade física (intensidade leve-moderada e alta), em ratos Wistar com enfisema pulmonar induzido pela administração intratraqueal de papaína. MÉTODOS: Os animais foram divididos em 5 grupos. Destes, 3 grupos receberam administração intratraqueal de solução de papaína, sendo que um deles permaneceu sedentário (PS) e os outros dois realizaram atividade física intensa (PHE) ou moderada (PME) por 10 semanas após a instalação do enfisema (40 dias após a instilação). O mesmo aconteceu com o grupo que recebeu solução salina (NaCl 0,9%), sendo que um deles permaneceu sedentário (SS) e o outro realizou atividade física intensa (SHE). Foram realizadas medidas de função pulmonar, medidas morfométricas, de densidade de fibras colágenas e elásticas e avaliação imuno-histoquímica da expressão de isoprostano-8 no tecido pulmonar. RESULTADOS: Houve aumento significativo nos valores de intercepto linear médio (Lm) nos três grupos que receberam papaína, evidenciando a presença de enfisema pulmonar. O grupo PHE mostrou um aumento maior dos valores de Lm quando comparado os grupos PS e PME (p < 0,001). Também foram observados valores da elastância do sistema respiratório significativamente menores nos grupos que receberam instilação de solução de papaína (PS, PME e PHE), comparados aos grupos que receberam instilação de solução salina (SS e SHE) (p < 0,001). Os grupos que receberam solução de papaína mostraram um discreto aumento na proporção do volume de fibras colágenas quando comparados com os animais que receberam solução salina (SS e SHE) (p = 0.049). CONCLUSÃO: A atividade física intensa piorou a destruição alveolar em nosso modelo de enfisema pulmonar em ratos, sem efeito no remodelamento e na função pulmonar.