Política e retórica no Humanismo Florentino entre os séculos XIV e XV: em torno do Humanismo Cívico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ambrosio, Renato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-12062015-114738/
Resumo: Muitas análises sobre o humanismo florentino dos séculos e XIV e XV, mesmo quando reconhecem a importância da tradição retórica, sobretudo latina, na formação e produção desses autores, a veem como uma ferramenta que encobre as suas verdadeiras e sinceras crenças, e criam um hiato entre suas obras e suas realidades políticas, tornando os escritos desses primeiros humanistas uma fonte histórica bastante delicada e perigosa para o historiador. Este estudo procurará, a partir de uma tendência historiográfica crítica às teses de Hans Baron sobre o Humanismo cívico (1955 e 1966) e das reflexões teóricas de Quentin Skinner (1999a, 2007 e 2007a), bem como de outros autores antigos e contemporâneos sobre as relações entre linguagem, política e história, propor uma leitura de algumas obras de dois humanistas florentinos dos séculos XIV e XV, Leonardo Bruni Aretino e Lino Coluccio Salutati. Uma leitura na qual a tradição retórica clássica neles presente e atuante seja vista não como um elemento que os distancia de suas realidades políticas e esconde suas convicções, mas como um meio pelo qual eles criaram novos conceitos e um novo vocabulário que contribuíram para dar forma não só à realidade cultural e política em que viveram e da qual participaram ativamente, na Itália e na Europa, mas também ao pensamento político ocidental posterior.