Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Maria Carolina de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-27092022-104619/
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Resumo: |
Objetivo: investigar a relação entre a ingestão usual de ácidos graxos e índices de qualidade da gordura da dieta de gestantes e categorias de peso ao nascer do recém-nascido. Métodos: coorte prospectiva conduzida entre 734 pares de mães-bebês no Brasil. A estimativa da ingestão dietética foi realizada por meio de inquéritos recordatórios de 24 horas. A ingestão usual de ácidos graxos e energia foi estimada empregando-se o Multiple Source Method. Dados secundários de peso ao nascer, sexo da criança e duração da gestação foram obtidos no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). A relação entre os ácidos graxos e índices (aterogenicidade, trombogenicidade, ácidos graxos hipocolesterolêmicos/ ácidos graxos hipercolesterolêmicos, ácidos graxos poli-insaturados/ ácidos graxos saturados e ômega 3/ ômega 6) com as categorias de peso ao nascer foi investigada empregando-se modelos de regressão logística ajustados por fatores de confusão. Foi adotado o nível de significância de p <0,05. Resultados: a mediana (P25; P75) de idade materna foi de 27 (23; 31) anos, 46,2% das gestantes tinham IMC pré-gestacional ≥25kg/m², 18,1% eram portadoras de diabetes mellitus gestacional e 11,2% de hipertensão arterial sistêmica. O percentual energético de ingestão mediana (P25; P75) materna de gordura total foi de 24,56 (21,48; 28,27), 8,26 (7,05; 9,50) de ácidos graxos saturados, 7,27 (6,18; 8,45) de ácidos graxos monoinsaturados, 4,37 (3,65; 5,32) de ácidos graxos poli-insaturados, 0,47 (0,39; 0,56) de ômega 3 e 3,91 (3,22; 4,75) de ômega 6. Quanto aos recém-nascidos, 68 (9,3%) foram classificados como PIG, 545 (74,2%) AIG e 121 (16,5%) GIG. Em modelos de regressão logística ajustados, observou-se menor chance de GIG entre os filhos de mulheres classificadas no terceiro tercil de ingestão de ácidos graxos poli-insaturados [OR 0,52 (IC95% 0,31-0,89), p= 0,02], ômega 3 [OR 0,48 (IC95% 0,28-0,80), p= 0,005], ômega 6 [OR 0,56 (IC95% 0,33-0,96), p= 0,04] e das razões poli-insaturado/saturado [OR 0,54 (IC95% 0,32-0,92) p= 0,03] e hipocolesterolêmicos/hipercolesterolêmicos [OR 0,51 (IC95% 0,30-0,87) p= 0,01], quando comparadas às do primeiro tercil. Conclusão: os dados do presente estudo sugerem que uma melhor qualidade da gordura da dieta materna pode reduzir a chance de bebês GIG. |