Natureza da conjunção incidental na memória visuoespacial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ferreira, Hugo Cézar Palhares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-04112013-160105/
Resumo: O rascunho visuoespacial é um subcomponente da memória de trabalho que possui a função de reter e processar as informações visuais e espaciais. Atualmente as pesquisas sugerem o fracionamento deste sistema de memória em um componente visual separado do espacial. Um processo de conjunção faria com que a integração destas informações fosse disponibilizada à consciência. Estudos propõem que o processo de conjunção na memória de trabalho visuoespacial seja tanto de natureza representativa, na qual as características unidas criam uma nova representação do objeto, quanto associativa, na qual ocorre uma conexão entre as características separadas do objeto. Este estudo teve como objetivo investigar a dissociação do rascunho visuoespacial e a natureza da conjunção da informação visual com a espacial na memória de trabalho. No primeiro experimento o participante deveria realizar uma tarefa de detecção na mudança, na qual a dimensão relevante para a resposta poderia ser a informação visual ou a espacial. A conjunção incidental das informações seria verificada pela mudança na dimensão irrelevante. Neste experimento tarefas secundárias espaciais e visuais foram inseridas no intervalo de retenção das provas. No segundo experimento a dissociação visual e espacial foi testada inserindo na codificação uma tarefa secundária que não utilizasse recursos gerais da atenção (flicker preto e branco e colorido). Os resultados do primeiro experimento mostram uma interferência seletiva das tarefas secundárias, indicando uma dissociação visuoespacial. A queda no desempenho na tarefa visual em virtude da mudança irrelevante da informação espacial sugere que a conjunção destas informações ocorreu de maneira incidental. Entretanto, quando esta tarefa é realizada sob interferência de uma tarefa secundária espacial, o efeito de conjunção incidental não acontece. Isto sugere que a natureza da conjunção incidental é associativa, dada a seletividade da interferência na dimensão irrelevante. A ausência do efeito do flicker como tarefa secundária no segundo experimento não permitiu a replicação dos dados do primeiro experimento. Os resultados deste estudo sugerem que a informação visual é armazenada de maneira dissociada da informação espacial, mas que ambas podem ser integradas em um tipo de conjunção na qual a associação das informações é armazenada na memória de trabalho.