Validação da versão adaptada para o português do Brasil da Palliative care Outcome Scale (POS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rugno, Fernanda Capella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-25012018-102923/
Resumo: Os Cuidados Paliativos (CPs) são imprescindíveis para o tratamento integral e humanizado de pessoas com doenças crônico-degenerativas potencialmente fatais. As avaliações, além de direcionarem a prática clínica dos profissionais, também revelam o impacto da doença no cotidiano dos pacientes; as avaliações de Qualidade de Vida (QV) tornam-se necessárias no contexto dos CPs e podem ser feitas por meio da utilização de instrumentos de medidas de construtos que sejam válidos e confiáveis. A escala Palliative care Outcome Scale (POS), desenvolvida na Inglaterra e amplamente difundida na literatura internacional, mostrou-se válida e confiável para avaliar a QV de pacientes em CPs. Logo, o objetivo deste estudo foi validar, para o português do Brasil, a versão self (destinada ao paciente) da POS (a POS-Br). Trata-se de um estudo metodológico, do tipo transversal, de caráter quantitativo e descritivo, com pacientes oncológicos em CPs. Foram realizadas as etapas de adaptação cultural, validação semântica, teste piloto e etapa de campo. O cenário de estudo foi um hospital público, universitário, de elevada complexidade, localizado no interior do Estado de São Paulo. A coleta de dados contou com 21 participantes no pré-teste, 50 participantes no teste piloto e 200 participantes na etapa de campo. Foram aplicados os instrumentos: POS-Br (versão self adaptada), questionário de caracterização clínica e sociodemográfica e o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnarie Core 30 (EORTC QLQ-C30); além desses, foram aplicados também questionários de validação semântica e de avaliação geral da POS-Br (pré-teste). A fidedignidade foi avaliada por meio da consistência interna da escala total (alfa de Cronbach); a estrutura fatorial da escala foi verificada pela Análise Fatorial Confirmatória (AFC); e a validade de construto foi avaliada através da validade convergente (assumindo correlações entre a POS-Br e o EORTC QLQ-C30). Durante a validação semântica (pré-teste), podem-se perceber a aceitação e a compreensão dos pacientes acerca da POS-Br. Todos os pacientes consideraram os itens da POS-Br relevantes para a sua situação/condição clínica. A fidedignidade da escala foi comprovada pelo alto grau de consistência interna, com valor do coeficiente alfa de Cronbach de 0,82. A escala POS-Br manteve sua estrutura fatorial de dois fatores, nomeados fator 1 -POS-Br - Psicológico? e fator 2 -POS-Br - Atendimentos nos CPs?, com valores de RMSEA = 0,072, CFI = 0,992 e TLI = 0,987. Em relação à validade de construto, foi observada validade convergente adequada (correlações superiores a 0,4) para o fator 1 e o domínio -funcionamento emocional?, fator 1 e os sintomas -fadiga? e -dor?, o fator 2 e os domínios -funcionamento social? e -desempenho de papel?. O modelo de risco proporcional de Cox mostrou que, a cada ponto obtido na escala POS-Br, o risco de morte aumentou em 12,6%. Os resultados encontrados apontam que a POS-Br é um instrumento válido e fidedigno que poderá ser incluído na prática clínica e nas pesquisas com pacientes em CPs