Estado, centrão e empreiteiras: o ensaio republicano de Dilma Rousseff antes da Operação Lava Jato (2007-2014)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costanzo, Daniela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-06032023-123140/
Resumo: Este trabalho aborda a intersecção entre economia e política, utilizando o caso das grandes empreiteiras brasileiras e suas relações com o Estado (burocratas, políticos e partidos) para contribuir com as explicações sobre o fim da coalizão governista que resultou no impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Por meio da análise de documentos e depoimentos no âmbito da Operação Lava Jato e da realização de entrevistas, utilizando análise qualitativa e triangulação de informações, buscamos mostrar como Rousseff mudou as relações entre as grandes empreiteiras e o Estado brasileiro que imperavam até então, implementando medidas para fortalecer o Estado e reduzir os esquemas anticoncorrenciais que favoreciam principalmente poucas empresas e alguns partidos do centrão. Fizemos isso por meio do estudo de casos no Ministério dos Transportes, na Petrobras e nas grandes hidrelétricas. As categorias de análise que utilizamos foram os esquemas anticoncorrenciais nas contratações públicas, as nomeações de tipos ideais políticas e técnicas para cargos em ministérios, agências, autarquias e empresas públicas e a circulação política e burocrática dos empreiteiros. Os resultados mostram que as mudanças na relação Estado e empreiteiras implementadas por Rousseff tiveram efeitos na arrecadação partidária do centrão e do Partido dos Trabalhadores (PT), na coalizão governista e nas empresas vitoriosas em contratações de obras públicas.