Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Giulia Paiva Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-18042023-141703/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A insuficiência ovariana prematura (IOP) é definida como a perda da função ovariana antes dos 40 anos e é caracterizada por irregularidade menstrual /amenorreia e aumento do FSH, associada a hipoestrogenismo. Devido ao declínio estrogênico, essas mulheres estão potencialmente sujeitas a mais riscos à saúde, principalmente no que diz respeito ao futuro reprodutivo e à saúde óssea. A terapia hormonal (TH) é aceita como o tratamento de primeira linha para a IOP. OBJETIVO: Analisar o efeito de diversos esquemas de terapia hormonal (TH) na densidade mineral óssea (DMO) de mulheres com insuficiência ovariana prematura, com foco principal nas de etiologia idiopática. MÉTODOS: Foi realizada busca sistemática utilizando publicações disponíveis nas bases de dados MEDLINE e EMBASE até setembro de 2021. Foram incluídos estudos que analisaram mulheres com IOP tratadas com TH cujas amostras incluíam casos de etiologia idiopática e tiveram DMO avaliada. A ferramenta Cochrane Risk of Bias foi usada para avaliar a qualidade metodológica dos ensaios clínicos, e a Newcastle-Ottawa Quality Assessment Scale foi usada para estudos de coorte e caso-controle. RESULTADOS: Foram encontrados 335 artigos e selecionados 16 estudos de acordo com os critérios de inclusão. A maioria dos estudos revelou menor densidade óssea tanto no colo do fêmur quanto na coluna lombar de mulheres com insuficiência ovariana prematura em comparação com mulheres saudáveis. Os estudos mostram que a terapia estroprogestativa auxiliou na manutenção da massa óssea das pacientes com IOP. No entanto, nas doses mais frequentemente utilizadas, a TH não foi capaz de normalizar a massa óssea de mulheres que já apresentavam comprometimento ósseo quando a terapia foi iniciada. Além disso, a interrupção do TH por mais de um ano foi associada à perda óssea significativa. Doses mais altas de estrogênio parecem ter um impacto positivo na DMO. Apesar da adição de testosterona não ter sido associada a benefícios claros, o uso de contraceptivos hormonais combinados contendo 30mcg de etinilestradiol em regime contínuo podem ser considerados, especialmente quando há necessidade de contracepção. CONCLUSÕES: Mulheres com IOP apresentam menor DMO do que mulheres da mesma faixa etária sem IOP. As doses mais utilizadas de TH nos estudos não conseguiram normalizar a massa óssea nessas situações. Embora a TH traga benefícios claros, são necessários mais estudos para estabelecer as doses ideais, efeitos de longo prazo, assim como definir as formulações com melhores efeitos sobre a DMO nessa população |