Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Cláudia Couto de Barros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-06102014-114044/
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Resumo: |
A hiperacusia e o zumbido representam alterações na percepção dos sons, estando freqüentemente associados. Ambos refletem um estado de hiperatividade da via auditiva, gerado por alterações na plasticidade neuronal geralmente associadas à super estimulação ou deprivação sensorial. A hiperacusia refere-se a uma disfunção na percepção da intensidade de sons externos, o zumbido refere-se à percepção de um som interno que não tem uma fonte geradora externa. Afetam adultos e crianças e podem ocasionar limitações na qualidade de vida. Ainda são muito negligenciados por otorrinolaringologistas e pediatras, apesar da sua presença não ser incomum na infância. Delineamos um estudo populacional transversal randomizado entre crianças de 5 a 12 anos cujo objetivo principal foi estimar a prevalência da hiperacusia e do zumbido. O objetivo secundário foi avaliar a associação a possíveis fatores de risco e a causalidade entre os sintomas. Foram avaliadas 506 crianças em ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de questionário aos pais ou responsáveis, entrevista com as crianças, otoscopia e testes auditivos. A classificação dos resultados seguiu critérios previamente estabelecidos. Participaram 240 meninas (47,4%) e 266 meninos (52,6%), idade média 9.46 anos (DP= 2.09). Os limiares auditivos foram classificados como normais em 81%, disacusia de grau mínimo/leve em 14% e disacusia de grau moderado/ profundo em 4% das crianças. A prevalência da sensação de zumbido foi 37,5%, incômodo com zumbido 19,6% e hiperacusia 3,2%. Os fatores de risco foram analisados por um modelo de regressão multivariado. Em relação ao zumbido, os fatores associados foram: idade, gênero, perda auditiva, história de exposição aos sons e cinetose. Para a hiperacusia, o único fator de risco encontrado foi a perda auditiva leve na orelha esquerda. A presença de hiperacusia demonstrou ser o maior fator de risco associado ao incomodo com o zumbido |