Impacto da cavidade de acesso ultraconservadora (Truss) no preparo biomecânico e no comportamento biomecânico de molares inferiores restaurados com diferentes resinas flow

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Prado, Heitor Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-05122022-124659/
Resumo: O presente estudo avaliou o impacto da cavidade de acesso ultraconservadora (Truss), em relação à cavidade endodôntica tradicional e conservadora, no preparo e no comportamento biomecânico de molares inferiores. Cinquenta e seis molares inferiores foram selecionados a partir da mensuração do volume e área de superfície dos canais radiculares e dados de comprimento e volume de coroa e raiz por micro-CT. Os espécimes foram distribuídos em: controle (hígido) (n=8) e (n=16) acesso tradicional (CATR), acesso conservador (CAC) e acesso ultraconservador (Truss) (CATS), e subdivididos de acordo com o sistema de instrumentação: Reciproc Blue (RB) (n=8) e R-motion (RM) (n=8). Os acessos foram realizados com broca esférica e inserto ultrassônico E7D. Após instrumentação, os dentes foram submetidos a novo escaneamento em micro-CT para avaliação tridimensional. A seguir, os espécimes foram obturados com cimento a base de resina epóxi e cone único. Para a limpeza da cavidade foi utilizado um pencil em solução alcoólica 70% e inserto ultrassônico. Os dentes foram restaurados de acordo com o tipo de resina utilizada: resina micro-hibrida flow + regular (n=8) por meio da técnica incremental e resina bulk fill flow + regular, camada de 4mm de flow + última camada de bulk fill regular (n=8). Destaca-se que todos os procedimentos operatórios foram realizados com uso de microscopia. Novo escaneamento de micro-CT foi realizado para analisar o material restaurador, presença de espaços vazios e remanescente de material obturador, seguido de simulação do ligamento periodontal e ensaio de resistência à fratura e determinação do padrão de falha. Os dados de preparo e comportamento biomecânico foram submetidos ao teste de T pareado, ANOVA, teste tukey e qui-quadrado (&alpha;=0.05). Não houve diferença estatisticamente significante para volume e área de superfície em nenhum dos grupos avaliados (p>0.05). Os percentuais de paredes preparadas não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre RB e RM em todas as cavidades (p>0.05). Em relação ao transporte não houve diferença entre RB e RM na CATR (p>0.05), sendo que no canal mésio-vestibular (MV) observou-se maior transporte no terço médio e apical, independemente do instrumento utilizado (p<0.05). Na CAC, no canal distal RB observou-se maior transporte no terço cervical e médio (p<0.05), já no canal MV observou-se maior transporte nos terço cervical e apical em RB e RM (p<0.05). Na CATS, RM promoveu menor transporte dos terços cervical e apical no canal mésio-lingual (ML) (p<0.05), no terço apical em MV (p<0.05) e nos terços médio e apical no canal distal (p<0.05). Maiores porcentagens de espaços vazios (5,05%) e material obturador (11,7%) foram observadas em CATS (p<0.05). Os valores de resistência à fratura foram superiores para o grupo controle, seguido de CATS, CAC e CATR (p<0.05). O padrão de falha predominante foi falha do tipo II entre o grupo controle e experimentais (p<0.05). Pode-se concluir que CATS promoveram transporte do canal radicular, sendo que RM promoveu os menores valores de transporte, com maior porcentagem de espaços vazios e remanescente de material obturador, embora tenha apresentado valores superiores de resistência a fratura (p<0.05).