Efeito sinérgico entre a técnica de desobturação e do método de irrigação final na desobturação de canais ovalados longos: Estudo microtomográfico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rubino, Gustavo Alberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23156/tde-18062024-095405/
Resumo: Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar, ex vivo, o efeito sinérgico de duas diferentes técnicas de desobturação e dois diferentes protocolos de irrigação final em canais ovalados longos utilizando a microtomografia computadorizada de raios-X. Material e Métodos: Foram selecionadas 34 raízes ovaladas longas de molares inferiores que foram anatomicamente pareadas e divididas em 2 grupos experimentais (n=17). Em seguida, os canais foram preparados com o sistema Reciproc Blue até o instrumento R40 e obturadas com cones de guta percha associadas a um cimento biocerâmico BC Sealer. No grupo GRC os condutos foram desobturados com o uso do instrumento Reciproc R25 e R40 Classic seguidos do protocolo de irrigação final em que a substância química foi ativada com as pontas ultrassônicas E1, 1,0mm aquém do comprimento de trabalho. No grupo XPX os canais foram desobturados inicialmente com o auxílio de uma ponta ultrassônica E5 Cônica longa, utilizada entre o material obturador e a parede radicular até atingir 3,0mm aquém do comprimento de trabalho visando desadaptar o material obturador da parede dentinária e criar uma área para a introdução dos instrumentos XP Rise Shaper. Após obter o CRT foram realizados 10 a 15 movimentos de penetração e retirada longos para, em seguida trabalhar com os instrumentos Reciproc R40 Classic no mesmo comprimento pré-estabelecido. Para o procedimento de irrigação final foram utilizados os instrumentos XP- Finisher R até o comprimento de trabalho seguidos de agitação ultrassônica da substância química. Os espécimes foram escaneados em 4 momentos distintos sendo eles: Escaneamento inicial, pós preparo, pós obturação e pós desobturação. Foi utilizado um microtomógrafo SkyScan 1172 em uma resolução de 11m. Com o auxílio dos softwares Dataviewer, CTan e CTvol, foi possível a avaliação tridimensional da quantidade de material obturador remanescente. Análise estatística foi realizada pelo teste Mann Whitney com nível de significância de 5%. Resultados: Não foram encontradas diferenças entre os grupos GRC e XPX em relação a quantidade de guta-percha residual entre os métodos de desobturação e irrigação testados em relação ao volume total, bem como em relação aos terços cervical, médio e apical. Nenhum dos dois grupos experimentais que testaram a ação sinérgica da técnica de obturação com o método de irrigação, conseguiu remover a totalidade do material obturador. Em média o percentual volumétrico de material obturador remanescente (MOR) foi 8,31 % ± 6,51 para o grupo GRC e de 8,54 % ± 13,03 para o grupo XPX. Em ambos os grupos se observou um maior percentual de material obturador residual no terço apical, 12,54 % ± 19,65 para o grupo GRC e de 10,89 % ± 24,89 para o grupo XPX, o que demonstra a dificuldade de desobturação nesta região anatômica dos canais ovalados longos. Conclusão: A quantidade de material obturador remanescente não foi influenciada pelas técnicas de desobturação e irrigação testadas, desta forma, o componente anatômico é preponderante em relação a dificuldade de desobturação dos canais ovalados longos.