A gramatização da língua portuguesa do Brasil: o tratamento da variedade brasileira do português na Grammatica Portugueza (curso superior) de João Ribeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Antezana, Marta Batista Ordoñez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-27062014-123538/
Resumo: A presente tese tem como escopo analisar, na perspectiva da História das Ideias Linguísticas, as concepções linguísticas do gramático João Ribeiro acerca da variedade brasileira do português. Por meio de duas edições da Grammatica Portugueza (curso superior), a 3ª edição de 1889 e a 21ª edição de 1930, pretendemos analisar, metalinguisticamente, duas correntes nos quais estas concepções aparecem: a corrente naturalista na qual constatamos o discurso evolucionista, determinista e positivista acerca do português do Brasil, considerado um dialeto degenerado em relação à língua portuguesa de Portugal, e a corrente culturalista em que o gramático revela-se inovador ao constatar que a variedade brasileira é língua portuguesa também, enriquecida com novas vozes, a indígena, a africana, entre outras que colaboraram para a formação desta língua. No entanto, nossa hipótese é a de que Ribeiro, mesmo sendo inovador, não conseguiu libertar-se das ideias conservadoras ou puristas. Portanto, nossa tese é de que Ribeiro é um gramático conservador, embora tenha introduzido, na edição de 1930 da sua gramática, características próprias do português do Brasil e tenha se revelado um autor inovador em outras obras de natureza não gramatical.