Resumo: |
O presente trabalho busca contribuir na discussão do tema do desenvolvimento e subdesenvolvimento da América Latina, a partir de duas das mais importantes elaborações teóricas já feitas sobre o assunto, o estruturalismo da Cepal e a teoria da dependência. Busca-se fazer uma revisão crítica e sistemática sobre o surgimento, a evolução, e os desdobramentos analíticos e normativos dessas duas grandes escolas do pensamento latino-americano. Em especial, visa explorar as continuidades e rupturas teóricas e metodológicas, em primeiro lugar, entre as interpretações estruturalistas e as interpretações da escola da dependência, e em segundo lugar, entre as distintas vertentes desta última. Argumenta-se que, em ambos os casos, o padrão de continuidade é muito mais proeminente do que se supôs no debate inicial ou de que presume boa parte da literatura especializada, tanto em relação às virtudes, isto é, pensar o desenvolvimento periférico de acordo com suas especificidades histórico-estruturais, quanto, sobretudo, em relação às suas insuficiências, vale dizer, a determinação econômica dos fenômenos políticos e sociais. |
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