A Teoria da dependência de Celso Furtado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Isadora Pelegrini
Orientador(a): Herrlein Junior, Ronaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219648
Resumo: Esta dissertação busca investigar se existe uma Teoria da Dependência na obra teórica de Celso Furtado. A hipótese trabalhada foi que, em virtude de sua reorientação teórica durante a década de 1970, na qual o autor realiza um esforço intelectual para enfrentar questões a respeito da especificidade da condição de subdesenvolvimento e das relações de dependência, complementando e ampliando antigos conceitos e elaborando novos, de modo a englobar o conteúdo de diversas ciências sociais, originou-se uma Teoria da Dependência. Para verificar tal hipótese, foi realizada a opção metodológica de analisar e interpretar as obras do autor – contextualizando-as –, extrair os principais conceitos e identificar transformações em suas significações ao longo do tempo. No primeiro capítulo da dissertação, introdutório, situamos o debate atual a respeito da dependência nas obras de Celso Furtado. O segundo capítulo dedica-se à análise e interpretação das primeiras obras de Celso Furtado – Desenvolvimento e Subdesenvolvimento, Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico, Subdesenvolvimento e Estagnação na América Latina, Um projeto para o Brasil, A Hegemonia dos Estados Unidos e o Subdesenvolvimento na América Latina, Dependencia externa y teoría económica e Análise do “Modelo” Brasileiro – a respeito da gênese e consolidação do subdesenvolvimento. O terceiro capítulo é dedicado às obras do autor escritas durante a década de 1970, que traduzem a reorientação de seu pensamento e a incorporação e elaboração de diversos conceitos que conformam a construção de uma Teoria da Dependência. Para ilustrar essa reorientação teórica, foram priorizados os livros citados em sua autobiografia como derivados de seu esforço intelectual para compreender o mundo em sua totalidade – O Mito do Desenvolvimento Econômico, Prefácio a Nova Economia Política, Criatividade e Dependência na Civilização Industrial e Pequena introdução ao desenvolvimento: enfoque interdisciplinar. O quarto capítulo traz a sumarização da Teoria da Dependência do autor, de acordo com seu método histórico-estrutural, e a discussão a respeito da superação da condição de dependência e subdesenvolvimento, por meio da luta política no cenário internacional em busca do desenvolvimento endógeno. O último capítulo é destinado às considerações finais.