Na estrada dos enigmas, leituras e linguagens - imagem e palavra em cena.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Braga, Patricia Colavitti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04122007-152951/
Resumo: A tese Na Estrada dos Enigmas, Leituras e Linguagens - Imagem e Palavra em Cena propõe uma reflexão sobre a formação de professores de leitura e produção textual e relata uma prática de ensino que utiliza a arte como mediadora e, para isso, atenta que é preciso que o educador transite pelo universo da arte; assim, pretendemos mostrar como isso foi possível em nossa dimensão pedagógica, a partir de experiências intelectuais, artísticas, pedagógicas, emocionais que nos constituíram enquanto educadora. Retomando as palavras de Jean Lauand, ela serve \"no sentido daquela felicíssima confusão que a língua espanhola faz com a palavra enseñar: ensinar não só como ensinar, mas como mostrar\". Sendo assim, o primeiro capítulo se destinou a delinear, por meio das formas poéticas da vida, recriadas pela arte, uma reflexão acerca da formação do educador na sociedade contemporânea. Nosso intento foi descrever como mediamos um processo pedagógico com vistas à formação do educador contemporâneo, capaz de encontrar os arregalados olhos grandes que há dentro de cada alma formada e vertida pelo céu e pela ciência, e ver a realidade além da imagem e, a partir da sua contemplação, encontrar vias possíveis para a solução de seus próprios enigmas. E isso se justificou pelo fato de que na sociedade contemporânea, verificamos a emergência de nos constituirmos enquanto educadores que exerçam uma função social, que articulem seus saberes, planejem e concretizem o fazer pedagógico de forma realmente profissional, conscientes da responsabilidade perante o aprendiz que nos foi confiado, bem como perante aos outros integrantes do tecido social, e que alcancem com o objetivo de possibilitar a constituição de uma educação estética e, consequentemente, pela educação de seres humanos autônomos e melhores. No segundo capítulo, apresentamos um estudo que fundamenta a concepção de leitura do educador leitor e produtor de textos, apto a mediar a construção do conhecimento de seus alunos, no que concerne à leitura e à produção de textos. Partirmos da constatação de que não é possível extrair do vazio, a leitura e a produção textual. Por esse motivo, entendemos que é papel do educador despertar no aluno a consciência de que a leitura e a reflexão sobre o processo de composição textual desenvolvido por outros autores são elementos primordiais e fundamentais do processo de construção do seu (do aluno) texto, pois, leitura e conhecimento técnico são propulsores da compreensão e da interpretação, bem como contribuem para o fluir da criação. No terceiro capítulo, relatamos algumas práticas de leitura e produção de textos que desenvolvemos com nossos aprendizes, a fim de ilustrar que ensinar a produzir textos, longe da crença comum, não é simplesmente transmitir conhecimentos sobre definição de gêneros, modalidades e estrutura formal de produções discursivas; é sim um ato de extrema complexidade, pois exige que o leitor e, posteriormente, o produtor de textos, primeiramente, se emaranhe no tecido e na estrutura textual alheia para desvendá-los e, depois possa, finalmente, criar o próprio texto. E, além disso, possa também eleger destinos e dá-los a esses textos. E, finalmente concluímos, certos de que para a epifania da escrita ocorra, é preciso que a leitura salte para dentro da vida.