Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Linguitte, Marcelo Abrantes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-26082024-101102/
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Resumo: |
O tema do desenvolvimento sustentável tem crescido de forma significativa e é consenso a relevância das cidades para o sucesso dessa agenda. No entanto, há a percepção de que a sustentabilidade urbana somente poderá ser alcançada se, além da atuação do poder público, houver a participação e engajamento ativo de todos os atores do território, incluindo empresas. Do ponto de vista dessas organizações, devido ao aumento da relevância do tema de sustentabilidade, ampliou-se o desenvolvimento de projetos socioambientais empresariais voltados ao fortalecimento da agenda de sustentabilidade urbana, principalmente aqueles concentrados em iniciativas de Investimento Social Privado (ISP). No entanto, nem todos os projetos empresariais em cidades sustentáveis produzem os resultados esperados e este estudo avaliou essa questão, ou, em outras palavras, se os projetos socioambientais empresariais, fruto de seu ISP e voltados para a promoção da sustentabilidade urbana produziram, realmente, resultados positivos e mensuráveis para os municípios de pequeno porte no Brasil. Adicionalmente, nos casos em que a resposta foi positiva, este estudo identificou as características que esses projetos possuíam para terem gerado os melhores resultados, em termos de avanço da agenda de sustentabilidade urbana. Essa identificação resultou em uma proposta de um conjunto de características para futuros projetos. A partir de uma base amostral de 109 projetos desenvolvidos por empresas em 680 municípios brasileiros com até 100 mil habitantes, este estudo concluiu que, efetivamente, há uma associação positiva entre maiores evoluções do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e projetos de ISP implantados nesses municípios, mas, que essa associação não é regular entre todos os municípios da amostra, devido às grandes alterações encontradas nas variações do IDHM. No entanto, ao se aplicar a técnica de clustering às variações do IDHM dos municípios, percebeu-se maior homogeneidade na associação. O clustering permitiu identificar as maiores variações do IDHM em municípios com população próxima a 22 mil habitantes e onde haviam sido implantados, no mínimo dois projetos diferentes. Além disso, ao se selecionar um grupo de indicadores prevalentes nas principais referências em sustentabilidade urbana, os projetos do cluster de maior evolução do IDHM possuíam características tais que impactavam mais de quatro desses indicadores, em diferentes dimensões da agenda sustentabilidade urbana, o que confere uma característica mais sistêmica a esses projetos quando comparados com aqueles de clusters com menor variação do IDHM. Ademais, houve uma tendência de que, na amostra considerada, os projetos no cluster com variações superiores de IDHM, normalmente, considerassem os temas de gestão de resíduos sólidos, água, uso do solo/ordenamento territorial, mobilidade / transporte, mercado laboral, saúde e educação. Adicionalmente, os resultados indicaram que municípios com maior variação positiva de IDHM tinham projetos que envolveram um maior número e uma maior diversidade de atores. Segundo o estudo, o cluster com os melhores resultados no IDHM aglutinava projetos com pelo menos cinco tipos diferentes de parceiros em seu desenvolvimento: a própria empresa idealizadora do projeto, outras empresas que operam na região, organizações da sociedade civil com atuação regional ou nacional e o executivo municipal. |