Significados de ser branco - a brancura no corpo e para além dele

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Alves, Luciana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14062010-153851/
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo investigar as concepções de professores da educação básica a respeito do que significa ser branco. Para sua efetivação foram analisados trabalhos teóricos sobre a questão racial, em especial aqueles dedicados ao estudo da branquitude, bem como realizei pesquisa empírica que englobou observação participante em curso sobre a temática racial destinado a docentes e entrevistas com professores de diferentes pertenças raciais. As análises evidenciaram que a condição de ser branco se relacionou a duas dimensões: uma corpórea, construída com base em características físicas que permitem a classificação de pessoas e grupos como brancos, e outra não material (simbólica). Esta última subdividiu-se em dois patamares: um idealizado, em que se verificavam associações arbitrárias entre ser branco e valores e outro relacionado às experiências vividas por pessoas brancas, fossem os docentes entrevistados, neste caso os autoclassificados brancos, fossem pessoas com as quais os docentes negros e brancos conviveram. O primeiro patamar foi denominado idealização branca e caracterizou-se pela construção do branco como grupo privilegiado e como ideal ético, estético, econômico e educacional a ser alcançado pelos sujeitos. O segundo patamar da brancura não só desmistificou a idealização branca por meio de descrições que sugeriam que as experiências de vida de pessoas brancas eram entrecortadas por eixos de subordinação diferentes do de raça, como a reforçou, já que certos relatos ratificaram alguns significados de ser branco, principalmente os relacionados à opressão racial e ao privilégio institucional concedido a brancos e citado por eles mesmos ou por docentes negros.