Modelo de camundongo imunodeficiente (NSG) para enxertia de células-tronco hematopoéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Boas, Fernanda Lima Vilas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17156/tde-10042019-100256/
Resumo: O transplante de células-tronco hematopoéticas (CTHs) é o tipo de terapia celular mais usada atualmente. As células-tronco da medula óssea humana, do sangue periférico mobilizado e do sangue do cordão umbilical (SCU) são as únicas fontes de células utilizadas clinicamente para a recuperação hematopoética, mas elas têm uma disponibilidade limitada e apenas um terço dos pacientes apresentam um doador compatível. Uma fonte alternativa para suprir esta demanda seriam as células hematopoéticas derivadas a partir de células-tronco pluripotentes. Célulastronco embrionárias (CTE) são um tipo de células pulripotentes caracterizadas por sua capacidade ilimitada de autorrenovação e diferenciação em todas as células especializadas do indivíduo adulto. A alta capacidade de diferenciação dessas células em linhagens específicas por métodos de indução in vitro faz delas grandes promessas para o desenvolvimento de novas tecnologias aplicáveis à medicina regenerativa e terapia celular. Entretanto, ainda é necessário determinar se células-tronco hematopoéticas (CTH) geradas a partir de células pluripotentes são funcionais in vivo. Assim, o objetivo desse estudo consistiu no desenvolvimento de um modelo animal para o transplante de células hematopoéticas humanas provenientes de células pluripotentes e utilizamos CTH de sangue de cordão umbilical como controle. Para tanto, realizamos a padronização da dose de irradiação subletal nos camundongos NOD / SCID IL2R ? null (NSG) e utilizamos duas concentrações de células, 1x106 e 0,75x106 de células hematopoéticas diferenciadas a partir de CTE e células do cordão umbilical. Os animais que receberam as células do SCU apresentaram uma taxa mais elevada de enxertia em comparação aos que receberam ás células diferenciadas a partir de CTE humanas. Foi confirmado que após quinze dias do transplante, a hematopoese é restabelecida e que células CD45+ humanas estavam presentes, porém em baixas quantidades. Sobretudo, os resultados aqui apresentados enfatizaram o descrito na literatura, porém não ultrapassando a 1,5% de enxertia na medula óssea. Estes dados indicaram que os camundongos NSG proporcionaram um microambiente hematopoético favorável para as CTE humanas porém, essas células precisam ser investigadas no que tange aos fatores que aumentem de sua duração in vivo, otimizando a enxertia.