Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Granado, Laura Carmilo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-22072011-161704/
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Resumo: |
Este trabalho tem o objetivo de descrever o atendimento de uma paciente utilizando imagens relacionadas à sua fobia no contexto clínico. É uma proposta de um enquadre diferenciado em psicoterapia psicanalítica com o fundamento na teoria de objetos e fenômenos transicionais de Winnicott, a qual se refere a uma área para a qual contribuem tanto realidade interna, subjetiva, quanto externa, objetiva, constituindo a área do brincar. A teoria freudiana sobre a angústia é revisada desde o início, em que a fobia era considerada um sintoma o qual podia aparecer em diversas afecções psíquicas. A denominação histeria de angústia foi proposta por Freud em 1909, para descrever a entidade nosológica em que a fobia é a questão central e cujo mecanismo é semelhante ao da histeria. Este trabalho foi desenvolvido a partir do método clínico com a apresentação do estudo aprofundado de um caso. A paciente, de 37 anos, buscou atendimento para aracnofobia. No psicodiagnóstico, foi aplicado o Procedimento de Desenhos-Estórias de Walter Trinca. Para a psicoterapia, realizada em 19 atendimentos, foram compostas, junto com a paciente, duas pastas, uma com fotos que lembram aranha e outra com fotos de aranhas e de teias. O caso foi compreendido como histeria de angústia, tendo ocorrido um rápido e intenso processo psicoterapêutico. Discute-se que o imagético instaurou uma linguagem onírica nas sessões, e o onírico, assim como o brincar, é campo de simbolização. As associações a partir das imagens foram eminentemente em torno da temática da aranha, sendo tais associações comparadas ao papel que as fantasias presentes no trabalho do sonho realizado pela consciência vígil têm com relação ao conteúdo latente do sonho. Discute-se que a transicionalidade propiciada pelo imagético permitiu um trabalho de figurabilidade e, ao mesmo tempo, teria permitido a constituição de um pensar por imagens, sendo as imagens associadas a palavras ao longo do processo. A paciente conseguiu uma transformação interna, uma recriação de si em que a pulsão sexual de morte (na concepção de Laplanche) foi transformada, a partir da função objetalizante (Green), em pulsão sexual de vida, com seus processos de integração, síntese e permitindo a constituição de unidades e vínculos. Pode-se considerar que houve cura, no sentido proposto por Herrmann. Conclui-se que o presente estudo de caso evidenciou a potencialidade do uso de imagens em favorecer a simbolização e as elaborações na psicoterapia psicanalítica da fobia. Novas investigações nessa área poderão responder quanto à questão das possibilidades de generalização desta experiência |