Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Costa, Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11012010-145216/
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Resumo: |
O objetivo do estudo foi analisar o entendimento dos gestores, profissionais de saúde e idosos sobre necessidades de saúde e atenção integral, na Atenção Primária de Saúde. Trata-se de um estudo exploratório, qualitativo no qual, através do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) foram encontradas categorias analíticas, relacionadas à Taxonomia de Necessidades de Saúde (Cecílio e Matsumoto, 2006) e analisadas a partir da Representação Social. O cenário do estudo foi a Atenção Primária de Saúde nos Municípios de Santos/São Paulo (Brasil) e LHospitalet de Lobregat (Espanha). O total de sujeitos foi de 98, dos quais 68 (38 gestores e profissionais de saúde, 30 idosos) do Município de Santos e, 30 (17 gestores e profissionais de saúde, 13 idosos) de LHospitalet de Lobregat. A coleta de dados foi realizada entre agosto de 2007 e março de 2008 (Santos) e entre setembro de 2008 e maio de 2009 (LHospitalet de Lobregat). As categorias relacionadas à Taxonomia do DSC foram necessidades de boas condições de vida: atenção global, desenvolvimento social e suporte familiar, intersetorialidade e qualidade de vida; garantia de acesso a todas as tecnologias que melhorem e prolonguem a vida: direito à saúde, atenção domiciliária, acesso às tecnologias na atenção à saúde do idoso, acesso a todos os níveis de atenção e, ações de prevenção e promoção da saúde; necessidades de autonomia e autocuidado na escolha do modo de andar a vida: promoção da autonomia e independência dos idosos e educação em saúde; necessidades de ter vínculo com um profissional ou equipe: acolhimento e responsabilização. Os resultados das duas realidades apontaram que, para os gestores, o modelo de gestão deve centrar a atenção da assistência no usuário; melhorar a coordenação entre os níveis de atenção; possuir profissionais capacitados para evitar duplicidades nas ações e reconhecem que as ações devem contemplar a intersetorialidade para que o idoso tenha suporte social no atendimento de suas necessidades. Os profissionais de saúde entendem que a assistência é ministrada com qualidade, porém, para prestar cuidados a este grupo, cada vez mais dependente e com agravos das doenças crônico-degenerativas, são necessários profissionais mais capacitados; os serviços de saúde deveriam ser mais acessíveis desde a atenção primária até a terciária. Para os idosos, as informações sobre sua saúde, são fornecidas de forma compreensível, mas, quando necessitam de informações, assim como, do acesso na rede de serviços, elas são complexas e confusas; preferem utilizar o atendimento de urgência como alternativa; percebem que alguns profissionais demonstram compromisso, responsabilidade, competência e empatia, já outros, não apresentam interesse em escutar suas queixas; possuem consciência sobre seus direitos e demonstram interesse para participar das decisões que afetam sua saúde. Concluímos que no Município de Santos os serviços estão organizados para, prioritariamente, atender à população idosa na Atenção Primária de Saúde, através do Programa Saúde da Família, da mesma forma que no Município de LHospitalet de Lobregat. No entanto, o sistema de saúde na Espanha está mais preparado para atender o idoso, portador de doenças crônicas, degenerativas e dependência, pelo motivo de ser um país envelhecido |