Equilíbrio em idosos e prática de Tai Chi Chuan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Xavier, Joab Jefferson da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-06032009-152506/
Resumo: O processo de envelhecimento populacional é uma realidade premente nas diversas sociedades atuais, com grande concentração de idosos especificamente nos países em desenvolvimento. O envelhecer muitas vezes leva o ser humano à condição de sedentarismo e à falta de atividade física que pode acarretar prejuízos no equilíbrio e resultar em aumento do número de quedas. O Tai Chi Chuan, arte marcial oriental de origem chinesa vem se destacando como uma das atividades de intensidade moderado de grande popularidade entre a população idosa em todo o mundo e; especificamente no Brasil, ainda são escassos os estudos que procuram verificar os benefícios do Tai Chi Chuan entre os idosos. Avaliar o equilíbrio de idosos cadastrados no Programa de Saúde da Família, na faixa etária dos 60 aos 70 anos em três tempos (antes, durante e após) de um programa de seis meses de Tai Chi Chuan constituiu o objetivo deste estudo. Realizamos uma pesquisa quantitativa com 21 idosos (65,5 ± 2,7 anos de idade) sedentários, utilizando como instrumentos de avaliação: escala de equilíbrio de Berg e um questionário estruturado com características gerais e de saúde. Como recurso complementar utilizamos um roteiro de entrevista em grupo focal, técnica de abordagem qualitativa, para conhecer as percepções de idosos e da equipe de Saúde da Família em relação ao programa proposto. Quanto aos aspectos quantitativos obtivemos melhora significativa (p<0,01) entre os tempos da 1ª e 3ª avaliação de Berg. Na comparação entre os grupos em cada tempo e a escala de Berg, não foram observadas diferenças quanto ao gênero, idade, escolaridade, estado civil, aposentadoria, percepção subjetiva de saúde e audição, participação em casal ou não, comorbidades referidas e renda. Para as comparações entre os tempos em cada grupo e a escala de Berg foram observadas diferenças quanto ao gênero, idade, escolaridade, aposentadoria, percepção subjetiva de saúde e audição, participação em casal ou não, comorbidades referidas e renda (p<0,01). Quando comparadas as médias das quedas durante os tempos foram observadas diferenças significativas na redução do número de quedas, tanto no sexo feminino quanto no masculino, da 1ª para a 3ª avaliação. quanto aos aspectos qualitativos constatamos pelas percepções dos idosos que a intervenção contribuiu para a melhora da postura, da respiração, da flexibilidade, reduziu o consumo de antiinflamatórios e estabeleceu um espaço de socialização entre eles; apesar da precária infra-estrutura do local onde foi realizada a pesquisa. Nas percepções levantadas pela equipe de Saúde da Família percebemos que o foco da atenção primária ainda é focado na doença devido em parte pelas grandes demandas por atendimento na população. Este estudo permitiu concluir que o Tai Chi Chuan pode ser uma oportunidade acessível, de baixo custo e agradável para a manutenção de um estilo de vida saudável e a provisão de cuidado para populações em processo de envelhecimento e que pode ser implementado no âmbito da Estratégia de Saúde da Família.