A Guerra de Tróia no imaginário ateniense: sua representação nos vasos áticos dos séculos VI-V a.C.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Grillo, Jose Geraldo Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-13042009-164013/
Resumo: O autor pergunta, a partir da iconografia da Guerra de Tróia, pelo lugar da guerra no imaginário ateniense durante os séculos VI-V a.C.. O corpus da pesquisa é constituído por 248 vasos áticos referentes a nove cenas: 1) Armamento de Aquiles; 2) Partida de Aquiles; os duelos entre 3) Páris e Menelau, 4) Enéias e Diomedes, 5) Ájax e Heitor, 6) Aquiles e Heitor, 7) Aquiles e Mêmnon; os retornos de guerreiros mortos em batalha: 8) Sono e Morte carregando o corpo de Sarpédon e 9) Ájax carregando o corpo de Aquiles. Os recortes espacial, Atenas, e cronológico, séculos VI-V a.C., foram feitos devido à escolha deliberada dos vasos áticos e ao surgimento e desaparecimento do tema nesse período. Partindo dos pressupostos de que há uma relação entre imagens e sociedade e de que as imagens são construções do imaginário social, que permitem uma aproximação às representações coletivas, o autor propõe ser a Guerra de Tróia um elemento constitutivo do imaginário ateniense nos séculos VI-V a.C. e remeter sua iconografia às representações dos atenienses sobre a atividade guerreira em seu próprio tempo. As imagens pintadas da Guerra de Tróia, antes de serem ilustrações de um evento do passado, são manifestações da imagem que a cidade de Atenas faz de si mesma em relação à guerra. Presente na memória coletiva dos atenienses, a Guerra de Tróia é um acontecimento, no qual a cidade fundamenta seus valores, sua sociedade e os respectivos papéis de seus cidadãos. Em suma, a guerra, antes de ser uma atividade restrita aos guerreiros, envolve toda a cidade, isto é, os não guerreiros, entre os quais, a mulher e o homem idoso, pais do guerreiro, ocupam um lugar preponderante.