Estudo clínico longitudinal do uso do laser diodo 980 nm no retratamento dos canais radiculares: efeito antimicrobiano e no reparo ósseo periapical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pelozo, Laís Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-03102022-180129/
Resumo: Este estudo avaliou o efeito do laser diodo 980 nm na desinfecção dos canais e no reparo ósseo de dentes com indicação de retratamento endodôntico. Trinta pacientes com um dente unirradicular com lesão apical foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão. Os canais foram desobturados e foi realizada a 1ª coleta microbiológica com cones de papel e limas. Quinze dentes (n=15) foram alocados para o grupo experimental que recebeu o laser diodo (1,5W, 10Hz, 20s), seguido da 2ª coleta. O preparo biomecânico convencional foi realizado com sistema rotatório (Race/FKG) e hipoclorito de sódio 1%, seguido da nova aplicação de laser e 3ª coleta. O grupo controle (n=15) recebeu o mesmo tratamento do grupo experimental, no entanto, a fibra óptica não foi ligada (placebo). Realizou-se medicação intracanal e restauração provisória com CIV. Após 15 dias, a obturação foi realizada com cones de guta percha e cimento AH Plus. As amostras coletadas, nos diferentes períodos, foram levadas para processamento microbiológico em meio MM10 (contagem geral) e Agar-Enterococus (E. faecalis). O reparo ósseo periapical foi analisado radiograficamente por 3 examinadores (Kappa > 0,8) nos períodos: inicial, 3 e 6 meses. Os dados microbiológicos (log10-UFC/mL) foram analisados por análise de variância de medidas repetidas e teste de Tukey, e o reparo ósseo, pelo teste de Mann-Whitney (p<0,05). Na contagem geral, a menor quantidade de microorganismos foi encontrada após o preparo convencional + laser placebo (1,112 ± 0,833 a), preparo convencional + laser experimental (1,154 ± 1,041 a), e irradiação com laser experimental isoladamente (1,352 ± 0,844 a). A maior quantidade de micro-organismos foi detectada após baseline placebo (2,356 ± 1,034 b), baseline experimental (2,349 ± 0,736 b) e laser placebo (2,395 ± 1,098 b). Para a contagem de E. faecalis, a menor quantidade de micro-organismos foi encontrada após preparo convencional + laser placebo (0,528 ± 0,898 a) e preparo convencional + laser experimental (0,487 ± 0,976 a). Valores intermediários foram encontrados após irradiação com laser experimental isolado (0,917 ± 1,145 ab). A maior quantidade de E. faecalis foi detectada após baseline placebo (1,898 ± 1,186 b), baseline experimental (1,957 ± 1,219 b) e laser placebo (1,806 ± 1,370 b). Com relação ao reparo ósseo, verificou-se que aos 3 meses, não houve diferença significante entre os grupos placebo e experimental e, aos 6 meses, o grupo irradiado obteve melhores resultados de reparo. Pode-se concluir que a irradiação do laser diodo 980 nm durante o retratamento teve efeito antimicrobiano nos canais, porém não foi superior ao preparo biomecânico convencional. O laser diodo favoreceu o reparo de tecido ósseo aos 6 meses após o retratamento.