O deslocamento do discurso sobre a Zona Franca de Manaus: do progresso à modernização ecológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ng, Thaís Brianezi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/90/90131/tde-27052013-151127/
Resumo: A Zona Franca de Manaus (ZFM), criada em 1967 pela ditadura militar, termina em 2023, mas ha uma proposta de modificacao da Constituicao Federal do Brasil para que ela dure ate 2073. A partir da compreensao do discurso enquanto pratica social (Focault, 1987, 2002, 2005; Hajer, 1995, 2005, 2006) e da categorizacao dos discursos ambientais (Dryzek, 2005), foram analisados 265 pronunciamentos dos parlamentares do Amazonas, 19 edicoes de uma revista institucional e 626 materias do mais importante jornal local, tudo publicado entre 2007 e 2010. Eles revelam um deslocamento do discurso de legitimacao da ZFM do ideario do progresso ao do desenvolvimento sustentavel, guiado pela modernizacao ecologica. As industrias passaram a ser apresentadas como responsaveis pela conservacao das florestas, gracas a geracao de empregos urbanos: afirma-se que se os incentivos fiscais acabarem, havera desemprego e desmatamento. Esse roteiro fatalista, autoritario, nao reconhece o papel dos povos e comunidades tradicionais na conservacao da floresta nem esta aberto ao debate publico sobre outros modelos de desenvolvimento para a regiao amazonica.