Trajetória profissional na estratégia saúde da família: em foco a contribuição dos cursos de especialização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Tatiane Aparecida Moreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11012010-154514/
Resumo: A formação de profissionais para atuar na Estratégia Saúde da Família (ESF) é um problema importante para a qualificação da Atenção Básica (AB) no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi analisar a trajetória profissional dos egressos dos Cursos de Especialização em Saúde da Família, oferecidos pelo Pólo de Formação, Capacitação e Educação Permanente em Saúde da Família da Região Metropolitana de São Paulo. Trata-se de um estudo de caso, de natureza descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Foram sujeitos deste estudo 11 egressos dos cursos de especialização ocorridos no período de 2002 a 2004. Os resultados mostraram que os casos estudados representam principalmente a trajetória de mulheres, com mais de 40 anos de idade, nascidas no Estado de São Paulo e graduadas em medicina e enfermagem em escolas privadas há mais de 20 anos. A análise das trajetórias mostrou que seis profissionais não trabalham mais na mesma unidade de saúde na qual trabalhavam no início do curso e que todos possuem experiência em AB. Com relação à capacitação prévia, todos haviam feito o curso introdutório; entretanto, três não fizeram capacitação clínica para os ciclos de vida. A maioria dos sujeitos desta pesquisa relatou baixa identidade com a ESF, embora continuem trabalhando na estratégia. O curso de especialização impactou positivamente na prática profissional, embora apresente fragilidades relativas à proposta de Educação Permanente. A partir das trajetórias dos egressos, pode-se identificar transformações em suas atividades diárias de trabalho, principalmente mudanças na organização do trabalho no interior da Unidade de Saúde. A rotatividade profissional é um problema para se avançar na melhoria da capacitação de recursos humanos. Conclui-se que, para se avançar na formação de recursos humanos para a ESF, os cursos de especialização precisam estar articulados ao trabalho das unidades de saúde e das equipes de saúde da família