"Sistemas de informação em saúde: a percepção e a avaliação dos profissionais diretamente envolvidos na atenção básica de Ribeirão Preto / SP"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Barbosa, Débora Cristina Modesto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-18092006-155547/
Resumo: Para que um serviço de saúde tenha um conhecimento atualizado e estruturado das condições de saúde da população do seu território, é necessário um adequado planejamento de suas ações e utilização de instrumentos viáveis e factíveis no seu cotidiano. Assim, a análise das informações disponíveis é importante, especialmente aquelas referentes e provenientes de indicadores locais. Estas, na sua maioria, são oriundas de algum sistema de informação em saúde (SIS). Os SIS têm a intenção de facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, a fim de contribuir para melhorar a situação de saúde individual e coletiva. Descreveu-se a percepção dos diferentes atores integrantes dos Núcleos de Saúde da Família envolvidos no manuseio dos SIS utilizados nestas unidades no município de Ribeirão Preto. Estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativas utilizando-se de entrevistas semi-estruturadas, individuais e gravadas, com 37 profissionais de saúde, dentre médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde de cinco equipes de Saúde da Família de Ribeirão Preto. Foram realizadas entre janeiro e março de 2006. Utilizou-se do método de análise de conteúdo para alcançar os resultados esperados. Na atenção básica temos o Sistema de Informação da Atenção Básica – SIAB como o principal SIS utilizado nas Unidades de Saúde da Família, quando não o único informatizado. É dele que provem a maioria dos instrumentos e fichas que a equipe preenche e tem como fonte de informações. Os profissionais de saúde, em sua maioria, o tem como uma ferramenta de trabalho poderosa para melhoria de perfil epidemiológico, mas que é subutilizado. Esta subutilização na visão deles se dá devido a: limitações e falhas do sistema; por ser puramente quantitativo; pela fragilidade no conhecimento da equipe e despreparo para extrair toda sua capacidade; por uma ausência de treinamentos; e pela falta de incentivo para análise dos dados em nível local. Um bom SIS depende da periodicidade do fluxo de fornecimento dos dados e de um criterioso preenchimento dos instrumentos de coleta. Além disto, que proporcione relatórios e resultados viáveis para utilização no planejamento de atividades das unidades. Mas é necessário que as pessoas envolvidas na sua manutenção tenham clareza sobre suas possibilidades para assim conseguir extrair o seu potencial e transformar em uma realidade local, detectando focos prioritários, levando a um planejamento das suas atividades e a um norteamento e execução das ações da equipe de forma adequada. O SIAB apresenta debilidades e deficiências, mas alguns profissionais também apresentam dificuldades na hora de manipulá-lo, tanto na alimentação do SIS quanto na análise crítica de seus relatórios, pois isto não é adotado como rotina nas unidades.