Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sanavio, Silvana Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-21112016-163302/
|
Resumo: |
Ações de educação em saúde na temática da hipertensão arterial sistêmica (HAS), desenvolvidas em UBS, são o objeto desta pesquisa. Estas ações são preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS) como parte do protocolo de assistência à HAS. A educação em saúde é definida pelo MS como processo de construção de conhecimentos em saúde, voltado à população, com o objetivo de que ela se aproprie desses conhecimentos, para aprimoramento do auto cuidado e para reivindicarem a atenção em saúde de acordo com suas necessidades. No entanto, prestar assistência a portadores de doenças crônicas é um dos mais árduos trabalhos desempenhados pelos profissionais de saúde, em particular a enfermagem, que na ESF é o profissional mais presente no cuidado do paciente crônico e de sua família. Torna-se uma atividade frustrante e cansativa, tanto para o trabalhador quanto para a pessoa que procura o tratamento. Desempenhar o atendimento apenas seguindo as diretrizes orientadas pelo protocolo do MS só aumenta a frustração e o sentimento de impotência, pois ao profissional é atribuída a responsabilização pelo monitoramento de um agravo que não será superado se as ações continuarem mascarando o determinante do processo saúde-doença. Ao sujeito portador de HAS, essa prática também causa frustração e impotência; ao ser culpabilizado e responsabilizado individualmente pelo problema, não desenvolve a crítica para identificar as origens dos mal estares e das pressões que sente, e que estão localizadas nos desgastes consequentes da manutenção da vida cotidiana. Portanto, também não desenvolvem a possibilidade de identificar na ação coletiva os instrumentos para o enfrentamento dessas pressões, que se expressam no corpo bio-psíquico. Propor material educativo, com foco na HAS, para balizar ações educativas de trabalhadores de UBS, a partir da educação emancipatória. Educação emancipatória é a que propõe a construção do conhecimento e a reflexão acerca da realidade vivenciada pelo indivíduo, pela possibilidade de intervir criativamente no processo, de modo que educando e educador ora aprendem, ora ensinam, e juntos buscam respostas através da problematização de situações enfrentadas diariamente, relacionadas por exemplo, ao tratamento da hipertensão. Estudo documental, de caráter investigativo que procurou analisar o conteúdo dos materiais impressos como cartazes, folders e folhetos, disponibilizados pelo MS e sites de domínio público, para uso de profissionais de saúde e pacientes, sobre o tema HAS. O processo de avaliação do conteúdo dos materiais, possibilitou a conformação da Saúde Pública que conhecemos no Brasil: a verticalização, com enfoque nos atendimentos programáticos e prioritários, segundo a lógica higienista e autoritária, baseada na transmissibilidade, mudança de comportamento e culpabilização do indivíduo, sem levar em consideração o contexto sócio-econômico; portanto, não consideram a heterogeneidade de classes sociais dos indivíduos, que somente têm em comum a doença referida: HAS. O estudo teve como resultado a proposição de um roteiro de apoio para profissionais de saúde da AB, para Educação em saúde para portadores de HAS, com os conceitos da Saúde Coletiva e da educação emancipatória. A construção do Material educativo procurou servir como contraponto e superação desse modelo prescritivo, com embasamento em conceitos do campo da Saúde Coletiva, para instrumentalizar os trabalhadores para compreender como as pessoas vivenciam o processo de adoecimento e os recursos que utilizam para o enfrentamento da HAS, identificando potenciais de fortalecimento/desgaste que permeiam a vida e (padrões alimentares, de sono, entre outros). |