Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fonsêca, Tatiana Renzo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-29112021-122512/
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Resumo: |
Esta pesquisa de mestrado buscou investigar as relações sociais entre meninas e meninos pequenas/os de diferentes idades na Educação Infantil, considerando as produções de suas culturas infantis em meio à experiência multietária, partindo do princípio de que a infância ultrapassa a linearidade temporal, a rigorosidade etapista atrelada à idade e os modelos sociais sexistas impostos ao gênero. Para tal, foi realizado um estudo de caso, de caráter qualitativo, em uma instituição de Educação Infantil pública do município de Campinas/SP, na qual as turmas são organizadas em Agrupamentos Multietários, com observação participante da jornada educativa de um grupo de meninas e meninos de 3 a 6 anos e sua professora, além de encontros com crianças de outros grupos e suas professoras e o único professor da instituição. Os procedimentos metodológicos utilizados consistiram em conversas informais com as crianças e as/os adultas/os, entrevistas semiestruturadas com gestoras, professoras, professor e famílias, anotações em caderno de campo, registros fotográficos e gravações de vídeos. Os materiais produzidos foram analisados em diálogo com os Estudos Sociais da Infância, como a Sociologia da Infância, a Pedagogia da Educação Infantil, a Antropologia da Criança e a História da Infância. Os materiais gerados indicaram que as diferenças de idade entre as crianças diversificam suas relações e brincadeiras, e que a experiência multietária se caracteriza como prazerosa e propositiva na dinamização das suas produções culturais. Indicaram, ainda, um entrelaçamento da idade com outra categoria identitária, o gênero, apontando que crianças mais novas e crianças mais velhas, meninas e meninos, em seus grupos multietários, experienciam suas trajetórias de vida nas instituições de Educação Infantil de maneiras distintas de acordo com o gênero. Além disso, as análises finais revelam que idade e gênero podem ser categorias determinantes (e construídas) no estabelecimento das relações de amizade entre as crianças permitindo, inclusive, arranjos diferenciados ao formarem seus grupos de amizade, na consolidação de uma Educação Infantil não etapista e não sexista, que rompa com a classificação, normatização e colonização de crianças e adultas/os. |