Avaliação do consumo de antimicrobianos e do tempo de tratamento na sepse hospitalar comparando a utilização da reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real à  hemocultura convencional para identificação do agente etiológico: ensaio clínico aleatório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Cristhieni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-27092018-095050/
Resumo: A sepse é uma doença de alta mortalidade e o uso adequado de antimicrobianos no seu manuseio é essencial na obtenção de melhores resultados. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo de antimicrobianos em pacientes com sepse hospitalar com agente etiológico identificado no sangue, comparando a reação em cadeia da polimerase (PCR) - LightCycler® SeptiFast (SF) para a detecção rápida de microorganismos à hemocultura convencional nos primeiros 14 dias de tratamento. Os objetivos secundários incluíram descrever o percentual de positividade e a concordância entre o teste molecular e a hemocultura, o tempo de internação hospitalar, os custos diretos dos antimicrobianos utilizados e a letalidade em 10 e 28 dias. Entre outubro de 2012 e maio de 2016, foram incluídos 200 pacientes adultos com sepse hospitalar: 100 alocados no grupo intervenção onde a terapia antimicrobiana foi ajustada após a identificação do micro-organismo pelo SF (dentro de 6 a 12 horas) e 100 pacientes no grupo controle onde a terapia antimicrobiana foi ajustada após a identificação do microrganismo pela hemocultura (dentro de 48 a 72 horas). O consumo de antimicrobianos foi de 1429 (1071-2000) DOT por 1000 pacientes-dia no grupo intervenção versus 1889 (1357-2563) DOT por 1000 pacientes-dia no grupo controle (p = 0.017). O SF apresentou positividade de 25,9% enquanto a positividade da hemocultura foi de 22,9% (p = 0,452). O tempo de descalonamento antimicrobiano foi de 8 horas (7-14) versus 54 horas (38-75) (p < 0,001), enquanto a mortalidade em 10 e 28 dias foi de 21% e 36,8% no grupo de intervenção versus 37% e 44% no grupo controle, (p = 0,710 e p = 0,632), respectivamente. Não houve diferença no tempo de internação hospitalar e no custo direto dos antimicrobianos utilizados nos dois grupos. A duração média da terapia antimicrobiana em dias foi menor no grupo intervenção (12 ± 5 versus 15 ± 4, p = 0,039) em comparação com o grupo controle