Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Reis, Luciana Carvalho |
Orientador(a): |
Saraiva, Roberto Magalhães,
Siqueira, Isabela das Neves Rôças |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60763
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Resumo: |
Introdução: A endocardite infecciosa (EI) afeta valvas e outras estruturas do coração e possui alta morbidade e mortalidade. A EI pode ocorrer em pacientes com condições cardíacas de risco após serem submetidos a procedimentos odontológicos. Objetivos: Investigar a condição bucal, a presença de bacteremia durante procedimentos odontológicos e a eficácia da profilaxia antibiótica em pacientes adultos atendidos no Instituto Nacional de Cardiologia. Métodos: Os pacientes incluídos no estudo pertenciam a três grupos: pacientes com diagnóstico de EI, pacientes com predisposição à EI, e pacientes sem predisposição à EI. Os mesmos foram divididos de acordo com três tipos de procedimentos odontológicos: tratamento endodôntico, extração dentária e remoção de cálculo supra-gengival. Nos pacientes submetidos a um dos três tipos de procedimentos foi realizada a coleta de sangue para hemocultura e crioconservação do sangue antes e 5 e 30 minutos após o procedimento. Nos pacientes submetidos ao tratamento endodôntico, também foi realizada a coleta de material do interior do sistema de canais radiculares dentários para hemocultura e crioconservação. As amostras de sangue submetidas à crioconservação foram usadas para análise da carga bacteriana total e prevalência e níveis de estreptococos, sendo utilizados primers do gen 16S rRNA na PCR em tempo real (qPCR). Resultados: Em relação à hemocultura colhida 5 e 30 minutos após o procedimento, a bacteremia foi mais prevalente nos pacientes submetidos à extração dentária e sem predisposição de EI, 26% e 11%, respectivamente. Em relação à PCR referente às coletas realizadas 5 e 30 minutos após o procedimento, a bacteremia também foi mais prevalente nos pacientes submetidos à extração dentária, 48% e 30%, respectivamente. A incidência de bacteremia após o procedimento dentário medida pela PCR foi maior que pela hemocultura e similar entre pacientes que receberam e não receberam a antibioticoprofilaxia. Conclusões: A condição bucal foi semelhante entre os grupos estudados. A extração dentária foi o procedimento odontológico com maior incidência de bacteremia. A profilaxia antibiótica foi eficaz em eliminar bactérias vivas da corrente sanguínea, pelo fato dos pacientes do grupo com predisposição à EI terem menor incidência de bacteremia após o procedimento avaliada pela hemocultura. A carga bacteriana presente no canal radicular foi semelhante nos pacientes que apresentaram ou não predisposição à EI |