Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bessa, André Henrique Freitas de Braga e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-05062023-141557/
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Resumo: |
Introdução: O diabetes mellitus (DM) e uma doenca crônica nao transmissível, cuja prevalência mundial é estimada em torno de 10,5%, sendo de 9,2% a 9,4% no Brasil. Ela é um dos fatores de risco para eventos micro e macrovasculares, impactando de forma importante nos custos em saúde, sejam eles diretos, indiretos ou intangíveis. Objetivo: Analisar o perfil clínico e farmacoterapêutico das pessoas adultas com DM tipo 2 (DM2) em uma unidade de saúde militar no estado de São Paulo, no ano de 2019. Métodos: Estudo descritivo com abordagem transversal, do tipo levantamento, em unidade de saúde militar. A amostra foi constituída por 170 beneficiários aleatoriamente selecionados dos dados do serviço de saúde da instituição com diagnóstico de DM2 registrado em prontuário, idade igual ou superior a 30 anos, de ambos os sexos, em uso de medicamentos para a doença e com registro adequado de, no mínimo, uma consulta médica em 2019. Os dados coletados foram sociodemográficos, o acesso ao serviço de saúde, informações de morbidades associadas, clínico-laboratoriais, de pressão arterial e sobre todos os medicamentos prescritos individualmente. A variável dependente utilizada para verificação do controle glicêmico foi a hemoglobina glicada menor que 7%. Resultados: A amostra estudada foi constituída predominantemente por pessoas do sexo masculino (57,6%), idosas (64,7%), formada por militares inativos (55,2%) e seus dependentes (38,2%), os quais utilizaram o serviço de saúde 6 vezes ao ano, em média. A prevalência de multimorbidade foi de 97,6%, sendo a hipertensão arterial sistêmica (71,8%), distúrbios lipídicos (65,9%) e outros distúrbios cardiovasculares (26,5%) as doenças mais frequentes. Enquanto isso, a prevalência de polifarmácia foi de 60,6%, sendo os principais tratamentos para DM2 realizados com metformina (90,6%), sulfonilureias (22,9%), inibidores de dipeptidil peptidase 4 (16,5%) e inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (10,0%) estando a monoterapia (50,6%). O controle glicêmico adequado foi observado em 75,9%, associado à multimorbidade, seis ou mais doenças e emprego de monoterapia para o DM2 (p<0,05). Já o controle glicêmico inadequado associou-se à baixa frequência às consultas médicas e à prescrição de insulina (p<0,05). Conclusão: Verificou-se elevada frequência de polifarmácia e multimorbidade, bem como as variáveis associadas ao controle glicêmico. Assim, propõe-se a elaboração e execução de propostas terapêuticas que garantem a integralidade do cuidado, a fim de obter desfechos clínicos apropriados ao controle do DM2. |