Influência de um programa de treinamento resistido para pessoas com dor lombar em parâmetros associados à incapacidade funcional, dor e ativação neuromuscular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Borges, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-15102024-170436/
Resumo: A dor lombar crônica (DLC) é uma condição que causa incapacidade funcional nas pessoas e pode levar a um afastamento do trabalho com consequências socioeconômicas importantes. Das estratégias existentes para mitigar os problemas causados por tal condição, o treinamento resistido (TR) tem sido apontado como uma delas. Entretanto, por além de escasso em número de estudos, observa-se significativa divergência nos resultados obtidos. Objetivo: determinar o nível de influência de uma sessão aguda e de um programa de oito semanas de TR em parâmetros associados à incapacidade funcional, dor e ativação neuromuscular de pessoas com DLC. Métodos: Voluntários com DLC foram randomizados em grupo controle e experimental. Foi realizado uma sessão aguda com os exercícios terra com barra hexagonal, extensão lombar no banco romano e abdominal (n = 31) e um protocolo crônico de oito semanas (n = 27), realizado duas vezes por semana. No protocolo crônico, foram realizados os mesmos exercícios do protocolo agudo, mas acrescentado dos exercícios supino máquina e remada máquina. Os voluntários realizaram 3 x 10 repetições nos exercícios multiarticulares e 2 x 10 nos uniarticulares. A percepção de esforço foi utilizada para controle da intensidade do treinamento (OMNI-RES 4 a 6). Dor e incapacidade funcional foram monitoradas por meio de uma escala de dor ( 0 a 10) e pelo questionário de Oswestry. Um aparelho de eletromiografia, uma câmera, e um dispositivo com célula de carga, monitoraram a atividade neuromuscular, a amplitude de movimento e a força máxima, respectivamente. Resultados: A sessão aguda promoveu no grupo experimental: redução da dor (5,9 ± 1,6 vs. 4,9 ± 1,8) e da incapacidade no momento pós intervenção (25,6 ± 6,3 vs. 20,5 ± 4,1) e aumento da força máxima (47,7 ± 26,6 vs. 60,2 ± 31,4 kgf) (p < 0,05). O TR crônico, apresentou uma intensidade de 39 a 41% de 1RM e, comparado ao grupo controle, o grupo experimental apresentou alterações significantes (p < 0,05) na redução (-71,6%) da incapacidade funcional (de 25,0 ± 5,8 para 7,1 ± 5,4; 2 = 0,82), na redução (-79,6%) da dor (de 5,9 ± 1,6 para 1,2 ± 1,1; 2 = 0,62), na redução (-87,8%) da dor afetiva (de 6,6 ± 3,6 para 0.8 ± 1,6; 2 = 0,40), no aumento (36,7%) da força máxima (de 58,2 ± 29,9 para 79,6 ± 31,5; 2 = 0,90), no aumento (56,6%) da resistência muscular (de 35,3 ± 26,8 para 55,6 ± 35,8 ; 2 = 0,58), no aumento (31,1%) da amplitude de movimento do tronco (de 37,6 ± 8,3 para 49,3 ± 9,9; 2 = 0,23). A ativação neuromuscular não apresentou diferença significante entre os grupos. Conclusão: O TR proposto por nós promove redução na dor e na incapacidade funcional desde a primeira sessão. Oito semanas de TR de leve intensidade (39 a 41% de 1RM; OMNI-RES 4 a 6), realizado 2 vezes por semana, aumenta a força máxima e a resistência muscular, melhora a mobilidade do tronco, além de produzir alterações importantes como redução da incapacidade funcional e da dor em pessoas com DLC