Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Vi Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-04032020-154531/
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Resumo: |
Propomos aqui um olhar a partir da geografia para a violência aos corpos que não se encaixam nas normas sexuais e de gênero baseadas na heterossexualidade e na cisgeneridade. A cartografia é usada neste trabalho como uma linguagem orientadora no processo investigativo. Nosso objetivo é discutir metodologias cartográficas que possibilitem apreender a produção das espacialidades das pessoas com as quais trabalhamos a partir da interseção com o gênero, a sexualidade e a violência. Estruturamos a dissertação em duas grandes partes: discussão teórica a partir de referências geográficas e de estudos de gênero e sexualidade colocamos em diálogo Milton Santos e Paul B. Preciado a fim de pensar em uma outra abordagem geográfica que procure o papel do gênero e da sexualidade na produção do espaço, e que chamamos aqui de geografia contrassexual; em seguida, trazemos as discussões recentes acerca do mapa, as novas possibilidades e a defesa de uma cartografia que esteja em diálogo com as discussões sobre o espaço geográfico e não sirva como simples ilustração no texto a partir disso, pensamos em cartografia queer quando nos propomos a desconstruir o mapa a fim de encontrar nele meios para a representação de processos subjetivos na produção das espacialidades marcadas por gênero e sexualidade. Para construir os mapas, trabalhos com dados dos boletins de ocorrência registrados em delegacias do município de São Paulo de 2008 a 2017. Representamos esses dados em mapas de fundo euclidiano, mapa modelo, anamorfoses e anti-anamorfoses. Apresentamos um perfil das vítimas e dos autores dessa violência a partir do nosso recorte espaço-temporal e realizamos uma comparação com a percepção das pessoas acerca da violência e também dos mapas que produzimos. A fim de apreender outro ponto de vista sobre a violência, trabalhamos com mapas mentais e entrevistas com 19 pessoas sobre sua percepção da violência na cidade em relação à sua identidade. Nossas entrevistas foram constituídas também por um roteiro semi estruturado, analisado aqui em diálogo com nossas referências teóricas e também com o auxílio de um software de análise estatística textual. Por fim, mostramos que o mapa pode ter um papel ativo na investigação científica em geografia, levantando hipóteses e construindo narrativas. Também mostramos que esse mapa não precisa se limitar à métrica euclidiana, sendo possível trabalhar outras métricas espaciais que se fazem presentes com o espaço geográfico atual. |