Reação de· berinjela (Solanum melongena L.) A Veticillium albo-atrum Reinke & Berth. sob os aspectos de herança, patogenicidade, controle fitohormonal e biológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Melo, Itamar Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-175603/
Resumo: A berinjela assume a cada dia papel de destaque na olericultura paulista. No entanto, a murcha causada por Veticillium albo-atrum Reinke & Berth., de ocorrência generalizada, constitui um dos problemas fitossanitários que mais afeta essa cultura. Com relação a essa doença, o presente trabalho tem por objetivos identificar fontes de resistência; determinar e comparar níveis de resistência em populações segregantes; determinar o modo de herança da resistência; estimar o coeficiente de herdabilidade; estudar a variação no grau de patogenicidade de V. albo-atrum o fenômeno de proteção cruzada· de dois isolados do fungo; tentar a possibilidade do controle biológico com o fungo antagônico Trichoderma sp. e micorrizas vesículo-arbusculares e estudar o efeito de reguladores de crescimento na incidência da doença. Dos resultados aqui analisados podem ser formuladas as seguintes conclusões: as variedades introduzidas RV-I, RV-II, RV-III e RV-IV representam as melhores fontes de resistência e a população segregante F9RC1 mostrou-se mais resistente do que as demais populações. O coeficiente de herdabilidade, ao nível de progênies, foi estimado em·85,87%. A análise de segregação em F2 pelo teste x2 indicou que a resistência a Veticillium e controlada por um único gene recessivo. Dos dez isolados de Veticillium utilizados, o isolado V5 foi o mais patogênico, enquanto o isolado V10 foi menos patogênico. A interação dos dois isolados (V5 e V10) promoveu o máximo nível de proteção cruzada em berinjela quando o isolado pouco patogênico teve sua concentração 100 vezes maior que a do isolado-muito patogênico. Em condições contra ladas todos os isolados de Trichoderma utilizados reduziram significativamente a doença, exceto a mutante M1. Trichoderma lignorum quando foi utilizado em solo artificialmente infestado com o patógeno não conferiu proteção ao hospedeiro, mas no experimento de campo, tanto T. lignorum quanto o isolado T3 reduziram sensivelmente a incidência da murcha. Os fungos micorrízicos Glomus leptotichum e Glomus macnocarpum intensificaram a severidade da murcha verticilar enquanto Gigaspora margarita e Gigaspora heterogama reduziram. Os reguladores de crescimento 2,4-diclorofeno-xiacético, ácido giberélico, ácido indol-3-butfrico, Cycocel e ácido succínico atrasaram e reduziram a incidência da doença. O maior controla foi conseguido com 2,4-D. O modo de ação dos reguladores não foi investigado.