A teoria universal de Fermi: da sua reformulação inicial até a reformulação V-A

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Batista, Irinéa de Lourdes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-30032023-101450/
Resumo: A desintegração \'beta\', originada a partir do núcleo atômico, não era explicada pelos estudos teóricos, até 1930, e colocava em questionamento as leis de conservação de energia, de momento angular e momento linear. Os problemas colocados eram: por que o espectro de energia da radiação \'beta\' era contínuo e o que provocava essa radiação. Para explicar a radioatividade \'beta\', W. Pauli lançou a hipótese, em 12/1930, de uma partícula neutra, spin 1/2, o neutrino (nome dado por Fermi); no entanto, ele só apresentou essa hipótese oficialmente na Conferência de Solvay, em 1933. E. Fermi, após essa conferência, apresenta sua teoria de campo para a desintegração \'beta\', que obedece todas as leis de conservação conhecidas. Ele propõe, em sua interação básica, que um nêutron se transforma em um próton, mais um elétron e um neutrino (atualmente anti-neutrino), adotando, então, a hipótese de Pauli. Analisando o trabalho de Fermi, o nosso estudo procurará mostrar, e explicitar, as origens de suas interpretações físicas, as estruturas matemáticas que ele emprega, as consequências empíricas e o poder heurístico de sua elaboração. Um resultado obtido dessa análise é a nossa concepção de proto-teoria, elaborada para interpretar a proposta de Fermi, e um outro é a apresentação da capacidade desse pesquisador, tanto no domínio teórico como no experimental, o que faz com que suas proposições tenham muita qualidade e confiabilidade. Podemos avaliar a importância da sua elaboração analisando o papel que ela desempenhou, com o estabelecimento de sua universalidade, no começo e no subsequente desenvolvimento da nova área de física de partículas. Essa universalidade será estabelecida, em 1947, após a descoberta e a identificação das novas partículas: os píons, os múons e as partículas estranhas, uma vez que a teoria de Fermi explica as suas características (por ex., filiação, tempo de vida, etc.): é a origem da noção de interações ) fracas. Finalmente, veremos, que a teoria de Fermi vai sofrer modificações - a reformulação (V - A), em 1957, proposta por Sudarsham & Marshak, Feynman & Gell-Mann e Sakurai -, a partir da compreensão que as interações fracas não conservam a paridade (um tipo de simetria)