Resumo: |
Este estudo consiste na apresentação das \"Letras Francesas\" do \"Suplemento Literário\" d\'O Estado de S. Paulo, segundo as leituras dos críticos brasileiros Brito Broca e Leyla Perrone-Moisés. A produção crítica desses autores - de cunhos impressionista, para o primeiro, e \"universitário\", para a segunda - revela as modificações verificadas no modo de apreensão da literatura francesa no Brasil no século XX. O período estudado compreende os anos de 1956 a 1967, quando o \"Suplemento Literário\" esteve sob a direção de Décio de Almeida Prado e manteve a concepção original de seu idealizador, Antonio Candido, ambos representantes da primeira geração de críticos formados na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, concebida nos anos 30 e implementada com a participação de professores franceses no seu corpo docente. O \"Suplemento\" é primeiramente contextualizado no cenário da crítica literária brasileira do século XX e depois abordado como \"intermediário cultural\" segundo a concepção da escola francesa de literatura comparada. O estudo da seção \"Letras Francesas\" procura expressar o momento de transição entre uma crítica impressionista e outra, de cunho universitário, espelhando a ainda forte presença da cultura e da literatura francesas no país. O trabalho apresenta, ainda, um depoimento da professora e crítica literária Leyla Perrone-Moisés a respeito de sua produção crítica nas \"Letras Francesas\" entre 1961 e 1967 |
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