Caracterização das microvesículas nas células do epitélio ciliar de roedores.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Aline Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-19022020-132653/
Resumo: O aumento da expectativa de vida dos seres humanos favoreceu o aumento do diagnóstico de doenças crônico-degenerativas, dentre elas as que acometem o sistema visual. Uma vez que as células neuronais não são capazes de regeneração espontânea, diversas patologias como a Retinose Pigmentar (RP), glaucoma, Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI), dentre outras, podem levar a lesão tecidual e cegueira. O Epitélio Ciliar (EC), um tecido adjacente à retina, tem se demonstrado uma fonte promissora de células-tronco/progenitoras retinianas, uma vez que estas células podem ser reprogramadas em células-tronco e se diferenciarem em neurônios retinianos in vitro. Apesar desse potencial, estas células apresentam capacidade regenerativa limitada, que pode ser controlada por fatores e sinalizações contidas no microambiente. As vesículas extracelulares (VE) são sintetizadas e liberadas por células ao ambiente e podem conter componentes sinalizadores, inclusive inibitórios da capacidade de reprogramação. Este trabalho teve como objetivo estudar a maquinaria de síntese de VEs presentes nas células do EC, assim como caracterizar as VEs liberadas por estas células quanto a sua quantidade, tamanho e morfologia. Além disso, também investigamos a capacidade de liberação de VEs em modelo animal de degeneração retiniana (p23H) em comparação com animais sem degeneração. Nossos resultados indicaram que as células do EC apresentaram microvesículas em seu citoplasma e que expressaram os transcritos dos marcadores mais comuns da biogênese de microvesículas (Alix, CD63, CD81, Anexina V, EpCAM, ICAM, TSG101 e HSP70). A análise de Rastreamento de Nanopartículas (tamanho e concentração) indicaram que as células do EC foram capazes de liberar VEs de diferentes tamanhos, variando entre 100 e 1000 nm. Os animais modelos de degeneração retiniana expressaram menos marcadores de VEs em comparação com os animais controles, porém, as vesículas liberadas apresentaram maior tamanho. Nossos resultados sugerem que as VEs das células do EC podem ser um mecanismo de comunicação celular e a degeneração retiniana podem regular a síntese e liberação destas VEs.