Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Maria Augusta Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-25012017-102733/
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Resumo: |
Adoecimento crônico envolve afeto e aproximação entre pacientes e familiares, podendo ser impactados diante da necessidade do cuidado. A rotina e dinâmica do sistema familiar sofrem alterações, apontando a necessidade de clarificar a compreensão sobre os processos familiares e pessoais desencadeados pelo adoecimento crônico que ameaça a continuidade da vida. O objetivo geral desse estudo é avaliar funcionamento familiar e espiritualidade relacionada à qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas ameaçadoras a continuidade da vida (DCACV) e seus familiares, verificando possíveis associações destas variáveis com saúde mental e qualidade de vida. Amostra foi composta por grupo de 100 pacientes (GP) portadores de (DCACV), acompanhados em um hospital geral e 100 familiares (GF), pareados com o paciente. Aplicou-se Questionário de informações sociodemográficas e familiares; Escala de Avaliação da Coesão e Adaptabilidade Familiar-versão IV (FACES-IV); Questionário para religiosidade, espiritualidade e crenças pessoais relacionadas à qualidade de vida (WHOQOL-SRPB); Questionário para avaliação de qualidade de vida (WHOQOL-breve); Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e Inventário de Depressão de Beck (BDI-II). Os instrumentos foram aplicados no hospital, quando da consulta ou internação; entrevistados em locais separados, na mesma data. Realizou-se análise estatística descritiva dos resultados, teste t comparando os dois grupos e teste de correlação de Pearson para associações entre variáveis. Amostra predominantemente mulheres (51%-GP e 79%- GF), sem companheiro, residindo com família, católicos, classes B e C. Idade média GP 63,6 anos (+14,85) e GF 48,9 anos (+ 14,25). GP 51% apresentaram sintomas de ansiedade e 31% de depressão, GF 45% ansiedade e 23% depressão. Observou-se diferenças significativas nos grupos em qualidade de vida nos domínios social (t=5,296;p<0,001), ambiental (t=4,038;p<0,001) e resultado global (t=3,919;p<0,001), com melhores resultados para GP. Os grupos se diferenciaram quanto a funcionamento familiar nas subescalas Emaranhada (t=2,357;p=0,019), rígida (t=4,469;p<0,001), com resultados melhores para GF, comunicação (t=2,724;p=0,007) e satisfação (t=3,407;p=0,001), melhor para GP. Espiritualidade, na faceta Admiração (t=2,246;p=0,026), com resultado menor para GP. Observou-se correlações entre ansiedade, depressão e diferentes domínios de qualidade de vida tanto para funcionamento familiar quanto espiritualidade. As correlações entre funcionamento familiar e espiritualidade, no GP foram significativas entre algumas subescalas, porém fracas (r<0,40). As facetas, conexão, força e paz, referentes à espiritualidade, se correlacionaram com todas as subescalas de funcionamento familiar, exceto emaranhada (que não se correlacionou com nenhuma faceta), correlações com caótica foram negativas. A subescala satisfação familiar apresentou correlação positiva com todas facetas de espiritualidade. Resultados apontam que DCACV afeta funcionamento familiar e qualidade de vida, incluindo espiritualidade, e é possível que a doença aproxime as relações familiares, favorecendo ao funcionamento, apesar do processo de adaptação tanto pelo paciente quanto familiar. Quanto à espiritualidade, a presença da DCACV parece afetar a capacidade da pessoa de olhar ao redor buscando inspiração para a vida. Viver torna-se o momento presente, uma vez que o adoecimento pode abreviar a vida. Resultados evidenciaram que maior espiritualidade relacionada à qualidade de vida melhor a funcionalidade familiar, reafirmando que DCACV afeta igualmente paciente e familiar, pois foram observadas mais semelhanças que diferenças entre os dois grupos |