Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gil, Natália Augusto Nunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-12122024-095518/
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Resumo: |
Introdução: O ciclo gravídico-puerperal é um período de grande complexidade para a mulher que o vivencia e as mudanças fisiológicas, emocionais e sociais podem interferir na saúde mental da mulher que se torna mãe. O cuidado em saúde mental nesta fase do desenvolvimento ainda encontra pouco espaço nas instituições de saúde, mas tem ganhado destaque nas redes sociais virtuais, principalmente em aplicativos como Instagram e WhatsApp. Objetivo: Conhecer a contribuição dos grupos virtuais de mulheres-mães - formados nas redes sociais - para o cotidiano de mulheres puérperas e o potencial deles para promoção e manutenção de sua saúde mental. Metodologia: Participaram deste estudo 465 mulheres-mães que responderam um questionário geral de caracterização e a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS); 20 mulheres participaram também através de entrevistas semiestruturadas que permitiram compreender os aspectos mais subjetivos relacionados à participação em grupos virtuais sobre maternidade. As participantes foram divididas em Grupo de Estudos e Grupo Controle, a partir da participação em grupos virtuais. Os dados produzidos foram analisados através do software SPSS. Foi realizado o teste de Mann Whitney para avaliar possível diferença entre os grupos nas variáveis numéricas e o teste de qui quadrado de independência para aferir possível associação entre as categorias e os grupos estudados. O nível de significância foi estabelecido em 0,05. As entrevistas foram analisadas utilizando a análise de conteúdo com apoio do software NVIVO®, versão Release One. Resultados: Considerou-se a hipótese de que os grupos virtuais colaboram com a saúde mental das mulheres-mães a ponto da participação nesses grupos ser um fator protetivo para a saúde mental, no entanto, os dados obtidos apontam que não houve diferença estatisticamente significativa na EPDS entre os dois grupos (prevalência de DPP no grupo controle - 62,4% e no grupo de estudos - 62,3%), o que demonstra que os grupos virtuais de mulheres-mães, por si sós, não são suficientes para prevenir o adoecimento mental de puérperas. Contudo, as entrevistas demonstraram que os grupos virtuais podem ser um espaço de fortalecimento e empoderamento das mulheres quanto à sua autonomia, quanto à identidade materna e quanto à autoconfiança. Conclusão: As mulheres reconhecem a importância de ter uma rede de suporte, especialmente no contexto da maternidade. Os grupos virtuais atuam como espaços seguros para compartilhamento, validação e obtenção de conselhos. As mulheres destacam ser um ambiente livre de julgamentos, onde podem expressar suas preocupações, medos e decisões sem serem criticadas ou mal-interpretadas. É importante ressaltar a atualidade das discussões apresentadas neste trabalho. As redes sociais virtuais estão presentes no cotidiano de toda a população e não seria diferente com as mulheres-mães. O adoecimento psíquico, principalmente a DPP, é uma realidade que impacta negativamente na qualidade de vida de mães e bebês e para a qual ainda não existe cuidado formal e efetivo do ponto de vista das instituições de saúde e os dispositivos desenvolvidos pelas mulheres podem ser uma estratégia a ser incorporada e refinada a fim de oferecer cuidado adequado. |